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Ibovespa tem o melhor desempenho para o semestre desde 2016

O Ibovespa entra no segundo semestre com margem para encerrar 2025 com um desempenho anual robusto

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 30 de junho de 2025 às 20h30.

Última atualização em 30 de junho de 2025 às 20h35.

O Ibovespa encerrou o primeiro semestre de 2025 com alta de 15,44%, o melhor desempenho para o período desde 2016, quando o índice subiu 18,86%. O avanço marca uma virada relevante após um segundo semestre de 2024 negativo (-2,92%) e representa a retomada mais consistente desde a recuperação pós-pandemia, em 2020, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.

O movimento ocorre em um ambiente ainda desafiador, com juros elevados, pressões fiscais e volatilidade cambial. Ainda assim, o mercado acionário brasileiro encontrou espaço para valorização, impulsionado por fatores como:

  • Expectativas de cortes na taxa Selic no segundo semestre;
  • Valuation atrativo de ações brasileiras, favorecido pela queda do dólar;
  • Entrada de capital estrangeiro seletivo, com foco em commodities e bancos;
  • Alívio parcial nas preocupações fiscais, com medidas do governo consideradas insuficientes, mas melhores que o esperado

Desde 2020, quando o índice subiu 25,21% no segundo semestre, o Ibovespa não registrava um ciclo tão forte de valorização. A série histórica mostra, no entanto, uma alternância entre otimismo e correções. Entre os piores desempenhos semestrais estão o primeiro semestre de 2020 (-17,80%), impactado pela pandemia, e o segundo semestre de 2021 (-17,33%), marcado por turbulências políticas e incertezas econômicas.

Já os melhores segundos semestres foram 2020 (+25,21%), 2017 (+21,47%) e 2018 (+20,79%), segundo dados da Elos Ayta.

Perspectiva

Com a valorização acumulada de 15,44% até junho, o Ibovespa entra no segundo semestre com margem para encerrar 2025 com um desempenho anual robusto — desde que o mercado mantenha ao menos uma trajetória estável nos próximos meses. Se esse cenário se confirmar, o índice poderá registrar seu melhor ano desde 2019, quando avançou 31,58%.

Ainda assim, o otimismo é moderado. Historicamente, o segundo semestre tende a ser mais volátil, influenciado por fatores externos como eleições em grandes economias, decisões de política monetária nos Estados Unidos e o andamento da agenda fiscal no Brasil.[/grifar] Esses elementos mantêm os investidores em alerta, mesmo diante do bom momento atual.

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