A man leaves an Itau SA bank branch in Largo do Machado, Rio de Janeiro, Brazil, Monday, July 31, 2017. (Bloomberg Photo/Dado Galdieri) (Dado Galdieri/EXAME/Exame)
Redação Exame
Publicado em 5 de agosto de 2025 às 18h25.
Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 19h15.
O Itaú (ITUB4) reportou lucro líquido recorrente de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre de 2025. O resultado é 14,3% maior que o registrado um ano antes e veio em linha com as expectativas dos analistas. A média das projeções do mercado apontava para uma cifra de R$ 11,378 bilhões.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do banco foi de 23,3%, com avanço de 0,8 ponto percentual em relação à rentabilidade dos três primeiros meses deste ano.
A margem financeira gerencial do Itaú foi de R$ 31,8 bilhões, com alta anual de 12,7%. A cifra foi puxada pela margem com clientes, que avançou 15,4% nesse intervalo, para R$ 30,32 bilhões. Já a margem com o mercado (resultado da tesouraria) recuou 38,8% em comparação com o segundo trimestre de 2024, para R$ 858 milhões.
A receita de serviços e de seguros do Itaú somou R$ 14,2 bilhões, com alta anual de 3,1%.
A carteira de crédito total ajustada do banco teve avanço de 7,3% nesse mesmo intervalo, para R$ 1,389 trilhão. Na comparação com o primeiro trimestre, ficou praticamente estável (alta de 0,4%). A carteira de pessoa física avançou para R$ 451,9 bilhões, com impulso de crédito imobiliário e cartão de crédito, enquanto crédito consignado e de veículos apresentaram retração. O crédito para grandes empresas cresceu 1,4%, para R$ 431,4 bilhões, em relação ao final de março, e para pequenas e micros, o avanço foi moderado, de 0,8%, para R$ 275,4 milhões.
As despesas não decorrentes de juros (com pessoal e tecnologia, por exemplo) cresceram 9,4% nesse mesmo intervalo, para R$ 16,5 bilhões. "O aumento reflete os investimentos contínuos em tecnologia e inovação e o efeito de negociação do acordo coletivo de trabalho em salários e benefícios a partir de setembro de 2024", explicou o banco, em comunicado.
O índice de inadimplência do banco para empréstimos com atraso acima de 90 dias ficou estável, em 1,9%. As provisões para perdas esperadas do banco avançaram 2,1% em bases anuais, para R$ 9,664 bilhões. O custo do crédito ficou em R$ 9,093 bilhões, amenizado por uma recuperação de crédito baixado como prejuízo no valor de R$ 1,28 bilhão, mas ainda assim ficou 3,1% maior que no mesmo período do ano passado.
A carteira renegociada, que estava em R$ 37,4 bilhões ao final de junho do ano passado, recuou para R$ 33,1 bilhões no fim do segundo trimestre de 2025. Soma-se a ela R$ 17,4 bilhões de crédito reestruturado.
A carteira de crédito com garantias cresceu 7,3% em relação ao segundo trimestre de 2024, com avanço de 8% em pessoa física.
Junto com o balanço, o Itaú trouxe algumas revisões de guidance para este ano. Agora o banco projeta que a margem financeira com clientes cresça entre 11% e 14% (anteriormente, a faixa prevista estava entre 7,5% e 11,5%). Também revisou a alíquota efetiva de imposto de renda no ano, para a faixa entre 28,5% e 30,5%.
"As revisões estão relacionadas, principalmente, aos efeitos positivos de um mix de produtos e segmentos mais rentável que o esperado originalmente", afirmou o banco.
O Itaú também anunciou nesta noite que vai distribuir duas levas de juros sobre capital próprio no dia 29 de agosto. A primeira será de R$ 0,3634 por ação para investidores que tiverem o papel no dia 18. Com o desconto de 15% de imposto de renda na fonte, o valor líquido será de R$ 0,30889 por papel.
O conselho de administração também aprovou um segundo pagamento de JCP no valor líquido de R$ 0,283985 por ação - distribuição que vai ter como referência a base acionária registrada em 9 de junho de 2025. Assim, o montante líquido a ser recebido pelos acionistas em 29 de agosto será de R$ 0,592875 por ação.
Os valores serão pagos igualmente para ações ordinárias (ITUB3) e preferenciais (ITUB4).