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JPMorgan supera expectativas de Wall Street com lucro de US$ 14,4 bilhões e IPOs no radar

Lucro líquido foi impulsionado por aumento nas taxas de investimento bancário e forte desempenho em mercados financeiros

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 08h03.

O JPMorgan (JPM) superou as expectativas de Wall Street nesta terça-feira, 14, com um lucro líquido de US$ 14,4 bilhões, o que representa um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu US$ 47,1 bilhões, também superando as previsões, com um aumento de 9% em relação ao trimestre do ano anterior.

O aumento significativo das taxas de investimentos bancários, segundo a instituição, foi impulsionado pelo maior volume de ofertas públicas iniciais (IPOs) desde 2021 e pelo crescimento de operações de underwriting.

A previsão dos analistas era de lucro líquido de US$ 13,54 bilhões. No trimestre, o lucro por ação foi de US$ 5,07, contra US$ 4,85 por ação esperados pelos analistas.

As taxas de investimentos bancários subiram 16% ano a ano, totalizando US$ 2,63 bilhões, enquanto a receita dos mercados aumentou 25%, alcançando US$ 8,94 bilhões. A receita do setor de ações aumentou 33%, e os mercados de renda fixa cresceram 21%.

A receita líquida de juros foi de US$ 24,1 bilhões, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. A receita líquida não relacionada a juros subiu 16%, alcançando US$ 23,0 bilhões, impulsionada por taxas mais altas em gestão de ativos e investimentos bancários. As despesas não relacionadas a juros aumentaram 8%, totalizando US$ 24,3 bilhões, principalmente devido ao aumento de compensações e despesas com corretagem.

Provisão para perdas de crédito e perspectiva

A provisão para perdas de crédito foi de US$ 3,4 bilhões, com US$ 2,6 bilhões de baixas líquidas, principalmente devido a serviços de cartões e empréstimos comerciais. O banco também aumentou suas reservas líquidas em US$ 810 milhões.

O CEO Jamie Dimon afirmou em comunicado que a economia dos EUA se manteve resiliente, mas com níveis elevados de incerteza devido a questões geopolíticas, tarifas e inflação persistente. O banco também revisou suas perspectivas para o lucro líquido de juros (NII), prevendo um total de US$ 95,8 bilhões para o ano, um ligeiro aumento em relação à previsão anterior de US$ 95,5 bilhões.

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