Lucro líquido da WEG avançou 4,5%, na comparação anual (Leandro Fonseca /Exame)
Editor de Invest
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 08h20.
Última atualização em 22 de outubro de 2025 às 08h36.
A WEG (WEGE3), fabricante catarinense de equipamentos industriais, registrou lucro líquido de R$ 1,65 bilhão no terceiro trimestre deste ano, alta de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o segundo trimestre de 2025, o avanço foi de 3,7%.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 2,27 bilhões no período, com crescimento anual de 2,4% e praticamente estável em relação ao registrado no segundo trimestre deste ano.
A margem Ebitda, por sua vez, teve um leve recuo de 0,4 ponto percentual ano a ano, para 22,2%, impactada, principalmente, pelo resultado financeiro negativo de R$ 33,4 milhões.
A receita operacional líquida atingiu R$ 10,27 bilhões, cifra 4,2% maior que a do mesmo período no ano passado e apenas 0,6% superior a do segundo trimestre.
No mercado interno, a receita foi de R$ 4,02 bilhões, aumento de 3,1% em bases anuais, porém um número 4,1% menor em relação ao segundo trimestre. A receita operacional com mercado externo por sua vez avançou nos dois períodos de comparação — 4,9% e 3,9%, respectivamente — para R$ 6,26 bilhões.
Em dólar, a receita do mercado externo foi de US$ 1,15 bilhão, com alta anual de 6,8% e trimestral de 8%.
O custo de produtos vendidos da empresa subiu 5,4% na comparação 2024 para R$ 6,82 bilhões. A margem bruta recuou 0,9 ponto percentual, na mesma base de comparação, para 33,6%.
Ao final de setembro, a WEG tinha R$ 6,41 bilhões em caixa. Nos nove meses de 2025, a companhia gerou caixa de R$ 4,238 bilhões, com suas operações, mesmo com aumento de necessidade de capital de giro no período. Os investimentos, que incluem aquisições, modernização e ampliação de fábricas, por outro lado, consumiu R$ 2,043 bilhões.
No terceiro trimestre, a WEG registrou capex de R$ 672,6 milhões.
"Apesar do momento mais desafiador para a aceleração do crescimento, continuamos a observar boa demanda nos negócios tradicionais, aliada às oportunidades nos negócios voltados à infraestrutura elétrica", diz a mensagem da administração, que acompanha o balanço.
O texto aponta para um cenário restritivo a novos investimentos no Brasil e cita impacto das tarifas de importação no mercado externo.
"Apesar do impacto das recentes alterações nas legislações tarifárias, a atividade industrial continuou positiva nos principais mercados de atuação, com destaque para a Europa, principalmente nas vendas de equipamentos industriais para segmentos como óleo & gás e água & saneamento".
A companhia afirma que segue colocando sua estratégia de mitigação em prática, redirecionando rotas de exportação, de acordo com a flexibilidade das suas operações.
"Acreditamos que nossa estratégia de diversificação de produtos e soluções, flexibilidade operacional e presença global contribui para navegarmos o ambiente de instabilidade macroeconômica atual, mitigando seus efeitos e aproveitando as oportunidades presentes no mercado", acrescenta o texto.
Reportagem em atualização