Repórter
Publicado em 15 de julho de 2025 às 07h11.
A BlackRock, maior gestora de investimentos do mundo, alcançou um marco histórico com US$ 12,5 trilhões em Ativos sob Gestão (AUM, na sigla em inglês) no primeiro semestre de 2025. O número veio acima do esperado por Wall Street, que previa que os ativos chegariam a US$ 12 trilhões.
O crescimento foi impulsionado principalmente pelos ETFs iShares, que tiveram um fluxo recorde de entradas, além de uma forte contribuição dos mercados privados e de caixa. Até agora, a empresa registrou US$ 152 bilhões em entradas líquidas, um reflexo do apetite crescente por produtos diversificados e soluções personalizadas, incluindo ativos digitais e estratégias sistemáticas baseadas em tecnologia, segundo a companhia.
No segundo trimestre, a BlackRock contabilizou US$ 68 bilhões em entradas líquidas, embora o total tenha sido afetado por um resgate parcial de US$ 52 bilhões realizado por um único cliente institucional, que optou por resgatar um índice de baixas taxas. Esse movimento, no entanto, não impediu a gestora de manter um desempenho positivo, refletido no forte crescimento das suas taxas base.
O presidente e CEO da BlackRock, Larry Fink, destacou o crescimento orgânico das taxas-base de 6% no segundo trimestre e no primeiro semestre de 2025, evidenciando a capacidade da BlackRock de oferecer soluções personalizadas que atendem às necessidades de investidores de diferentes perfis. A empresa registrou um crescimento de 7% nos últimos 12 meses, refletindo a diversificação da base de clientes e a crescente demanda por ativos privados e digitais.
Em termos financeiros, a BlackRock apresentou um crescimento de 13% na receita em relação ao ano passado, impulsionado pela performance positiva dos mercados, pelo crescimento das taxas base e pela integração da recente aquisição do HPS Investment Partners, concluída em 1º de julho. A transação adicionou US$ 165 bilhões em AUM e US$ 118 bilhões em AUM gerador de taxas, consolidando ainda mais a liderança da empresa no setor de gestão de ativos.
Outro destaque foi o crescimento de 16% nas receitas relacionadas ao ACV de tecnologia (Valor de Contrato Anual), refletindo a robustez da plataforma tecnológica da BlackRock, que integra mercados públicos e privados e atende tanto a investidores tradicionais quanto a novos segmentos globais, como o da Índia, com lançamentos através da joint venture Jio BlackRock.
Em termos de lucro, o EPS diluído da BlackRock aumentou 2% em comparação ao ano anterior, alcançando 16% de crescimento ajustado, impulsionado por rendimentos não operacionais, mas parcialmente compensado por uma taxa de imposto efetiva mais alta e um aumento no número de ações em circulação.
Fink concluiu destacando que a BlackRock continua a viver sua fase de crescimento mais forte, com expansão das relações com clientes e a consolidação das soluções de investimentos em mercados privados e públicos, com o apoio da aquisição de HPS, que fortalece ainda mais a capacidade da empresa de atender à crescente demanda global nos próximos meses.,
Às 7h07, no horário de Brasília, as ações da companhia tinham alta de 0,27% no pré-mercado.