O Shopping Cidade Jardim continua a se expandir com a inclusão de novas lojas de marcas de luxo como Chanel, Dior, Prada e Rolex (Divulgação/Divulgação)
Repórter de mercados
Publicado em 22 de julho de 2025 às 10h43.
Última atualização em 22 de julho de 2025 às 11h13.
A JHSF (JHSF3), empresa de real state e administradora de shopping centers, divulgou os números operacionais do segundo trimestre deste ano. Os resultados completos para o período estão previstos para o próximo dia 14 de agosto. Na parte de shoppings, as vendas consolidadas aumentaram 17% na comparação anual, totalizando R$ 1,18 bilhões no período. A performance foi impulsionada pela recuperação do Shopping Cidade Jardim, na capital paulista, que registrou um aumento de 26,9% nas vendas.
O desempenho, destaca a companhia, foi impulsionado por marcas de luxo como Chanel, Dior, Prada e Rolex, que estão ampliando espaços no shopping. O Cidade Jardim também inaugurou uma nova área dedicada à saúde e bem-estar, o Cidade Jardim Health Center.
A taxa de ocupação dos shoppings da JHSF alcançou 99,2% no segundo trimestre de 2025, com o custo de ocupação consolidado em 8,4%.
No setor de hospitalidade e gastronomia, a diária média dos hotéis da JHSF subiu 15,9%, alcançando R$ 4,138 mil no segundo trimestre. A “receita por quarto disponível” (RevPAR) também mostrou crescimento de 10,1%, alcançando R$ 1,98 mil.
No entanto, a taxa de ocupação apresentou uma leve queda de 2,5 pontos percentuais, fechando o trimestre com 48%. A redução na ocupação é atribuída à recente inauguração de uma nova operação, que ainda está em fase de maturação.
O setor gastronômico, por sua vez, segue expandindo, com aumento no couvert médio em 7,8% na comparação anual, de R$322,8 para R$348.
No São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, voltado à aviação executiva, o número de movimentos cresceu 63,9%, enquanto o volume de combustível abastecido aumentou 53,8% comparado ao mesmo período de 2024. O crescimento, segundo a empresa, reflete a alta demanda por operações de aviação executiva no estado de São Paulo.
Na prévia operacional, a JHSF explica que "o crescimento operacional do aeroporto resultou na total ocupação de sua capacidade atual". A companhia já iniciou a expansão da infraestrutura do aeroporto, com a construção de quatro novos hangares e a ampliação de outras instalações. A conclusão da expansão está prevista para 2025, quando o número de hangares passará de 12 para 16.
O segmento de locação residencial e clubes da JHSF fechou o segundo trimestre com ocupação contratada de 90%, refletindo a alta demanda pelo portfólio premium, afirma a companhia. O portfólio tem 123.352 metros quadrados e o rendimento operacional líquido ficou estável, em aproximadamente R$ 127,3 milhões.
O São Paulo Surf Club, novo empreendimento da companhia, está em fase de construção, com abertura prevista para este ano. Segundo a JHSF, o clube terá diversas amenidades de luxo, piscina para surfe, restaurante, quadras de tênis, squash, pickleball, academia e spa.
No segundo trimestre, a JHSF concluiu com sucesso a emissão de um CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) de R$ 625 milhões, com custo médio de 103,98% do CDI e prazo médio de 5,11 anos. A captação faz parte da estratégia da companhia de alongar o perfil da dívida e reduzir o custo de capital.
"Com essa última emissão, a companhia captou em condições inéditas cerca de R$ 2,9 bilhões no mercado de capitais, em menos de um ano", diz o comunicado da companhia.