Bolsa de Tóquio: Nikkei sobe 0,28% e marca sexto pregão seguido de recordes (.)
Redatora
Publicado em 25 de setembro de 2025 às 06h25.
Os mercados internacionais mostram cautela nesta quinta-feira, 25, em meio à realização de lucros em Wall Street, novos recordes em Tóquio e a expectativa por dados de emprego nos Estados Unidos. Investidores também acompanham indicadores de confiança na Europa e movimentações de empresas de tecnologia na Ásia.
O Nikkei 225, de Tóquio, avançou 0,28% e renovou recorde histórico, fechando a 45.754 pontos, em sua sexta sessão consecutiva de alta. O índice mais amplo Topix também atingiu nova máxima, subindo 0,47%.
Na China, o CSI 300, de Xangai e Shenzhen, subiu 0,6%, impulsionado por papéis de referência no mercado. Já em Hong Kong, o Hang Seng recuou 0,13%, pressionado por ajustes após o IPO da montadora Chery, que chegou a disparar 11% na estreia, mas encerrou o dia com alta mais contida, de cerca de 4%. A fabricante de eletrônicos Xiaomi ganhou 3,69% após lançar novos smartphones e eletrodomésticos para enfrentar concorrentes como a sul-coreana Samsung.
Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 0,03%, enquanto o índice de pequenas empresas Kosdaq recuou 0,98%. A gigante de internet Naver destoou, disparando 11,4% após anunciar investimento na startup de saúde GravityLabs.
Em Taiwan, o Taiex cedeu 0,66%, pressionado pela queda de 1,49% da TSMC, em meio a relatos da Bloomberg de que a Intel estaria buscando um investimento da Apple — que desde 2020 utiliza chips próprios fabricados pela TSMC.
Na Austrália, o S&P/ASX 200 reverteu perdas e fechou em alta de 0,1%.
As bolsas europeias operam em queda pela manhã. O Stoxx 600, índice europeu, recuava 0,39% por volta das 5h50 (horário de Brasília). O DAX, da Alemanha, caía 0,56%, enquanto o CAC 40, da França, perdia 0,62%. No Reino Unido, o FTSE 100 tinha baixa de 0,23%.
Entre os destaques, a varejista H&M disparou 10,5% após divulgar lucro acima das expectativas no terceiro trimestre. Já o setor de tecnologia médica sofria forte realização depois de o governo Trump abrir investigação de segurança nacional sobre importações de dispositivos médicos, robótica e maquinário industrial. Siemens Healthineers recuava 3,6%, Philips caía 2,6% e a britânica Convatec perdia 5,4%.
Investidores também monitoram os dados de confiança do consumidor na Alemanha e na França. Segundo o instituto GfK e o NIM, a queda do sentimento alemão deu sinais de estabilização, mas ainda em níveis historicamente baixos. A política monetária do Banco Nacional da Suíça também está no radar, após tarifas impostas pelos EUA.
Em Nova York, os índices recuaram pelo segundo pregão consecutivo na quarta-feira, 24. O S&P 500 caiu 0,28%, o Nasdaq Composite recuou 0,34% e o Dow Jones perdeu 0,37%. O movimento refletiu vendas em ações ligadas à inteligência artificial, como Nvidia, Oracle e Micron Technology, em meio a preocupações sobre o risco de bolha no setor.
Nesta manhã, os futuros operavam próximos da estabilidade: S&P 500 e Nasdaq 100 em variação nula e o Dow Jones em leve alta de 0,04%. Investidores aguardam a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que podem dar novos sinais sobre o mercado de trabalho.
Na terça-feira, 23, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou que a desaceleração do emprego está pesando mais que a inflação, justificando o corte de juros promovido na semana passada. Para os próximos dias, a expectativa é pelo índice de preços de gastos com consumo (PCE), a medida de inflação preferida do banco central americano, além do PIB do 2º trimestre.