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O rali do dólar

A sexta-feira foi um dia de fortes emoções no mercado de câmbio. O dólar chegou a subir mais de 4% e ser cotado a 3,50 no decorrer do dia. No fim das contas, após três operações de venda de dólar pelo Banco Central (chamadas de swap tradicional), fechou o dia cotado a 3,39 reais, com […]

DÓLAR: analistas mais otimistas já projetam dólar próximo dos 3 reais, outros seguem com 3,48 no radar  / Gary Cameron/Reuters

DÓLAR: analistas mais otimistas já projetam dólar próximo dos 3 reais, outros seguem com 3,48 no radar / Gary Cameron/Reuters

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2016 às 17h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h32.

A sexta-feira foi um dia de fortes emoções no mercado de câmbio. O dólar chegou a subir mais de 4% e ser cotado a 3,50 no decorrer do dia. No fim das contas, após três operações de venda de dólar pelo Banco Central (chamadas de swap tradicional), fechou o dia cotado a 3,39 reais, com alta de 0,9%. É o mesmo valor que a moeda tinha em junho. A alta acumulada do dólar na semana é de 4,99% e, desde quarta, de 7,1%.

O motivo da escalada tem nome e sobrenome: Donald Trump. Com as incertezas que cercam a eleição do republicano, investidores têm sacado recursos de mercados instáveis, como o Brasil. Além disso, analistas estimam que o governo Trump acelere investimentos em infraestrutura, o que pode impulsionar a inflação e, consequentemente, levar a um aumento nos juros – o que retira recursos de mercados emergentes.

A pergunta número um é qual o tamanho do apetite do Banco Central brasileiro para segurar o câmbio. Seu presidente, Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira, em um evento no Chile, que o câmbio flutuante é uma ferramenta importante no Brasil e repetiu que o BC somente reduzirá o estoque de swaps tradicionais quando as condições de mercado permitirem. Analistas continuam prevendo o dólar acima de 3,60 até o fim do ano. Há quem fale em 3,80. O certo é que o patamar de 3,20 do início da semana está fora de cogitação.

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