Repórter
Publicado em 30 de setembro de 2025 às 06h05.
Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 06h14.
O ouro voltou a bater recordes de preço nesta terça-feira, 30. Durante a madrugada, o metal precioso chegou ao valor de US$ 3.870,14 por onça-troy. No mês, acumula alta de 12,3%.
Isso coloca o metal no caminho de seu maior avanço mensal desde o fim da década de 2000.
Os contratos futuros com vencimento em dezembro também seguiram em alta, sendo negociados acima de US$ 3.897.
As preocupações com uma possível paralisação do governo dos Estados Unidos contribuíram para o movimento de valorização. A falta de acordo entre lideranças políticas ameaça interromper serviços federais e suspender divulgações oficiais, inclusive dados econômicos de grande relevância.
Outro fator de peso é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) continue sua trajetória de corte de juros. Projeções do mercado indicam alta probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual já na próxima reunião, marcada para outubro.
A perspectiva favorece ativos que servem como reserva de valor. O ouro, por não oferecer rendimento direto, tende a se tornar mais atrativo quando os juros recuam.
De acordo com analistas ouvido pela CNBC, o patamar de US$ 4.000 por onça pode ser alcançado até o fim de 2025, caso o atual cenário de instabilidade geopolítica e política monetária expansionista se mantenha.
A valorização não ficou restrita ao ouro.
A prata acumula alta de 18,6% no mês e é negociada a US$ 47,08 por onça. O platinum atingiu US$ 1.609,40, enquanto o palladium avançou para US$ 1.278,62, ambos acompanhando o movimento geral de busca por proteção.