Repórter
Publicado em 22 de setembro de 2025 às 07h07.
Última atualização em 22 de setembro de 2025 às 07h10.
O ouro alcançou uma nova máxima histórica nesta segunda-feira, 22, com os investidores globais de olho em possíveis novos cortes de juros nos Estados Unidos. Às 7h06, no horário de Brasília, o ouro futuro tinha alta de 1,40%, cotado a US$ 3.756,32 a onça.
No mercado à vista, a cotação chegou a US$ 3.726,19, ultrapassando recordes anteriores e consolidando a tendência de alta da commodity. Investidores aguardam falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed), incluindo o presidente Jerome Powell, previstas para esta semana, além da divulgação de um indicador importante de inflação na sexta-feira, 27.
Na semana passada, o Fed anunciou sua primeira redução de juros desde dezembro, cortando 0,25 ponto percentual — decisão que reforçou as projeções de novos ajustes ainda em 2025. Estimativas apontam para mais dois cortes até o fim do ano, com grandes chances de ocorrerem nos meses de outubro e dezembro.
Com a mudança de cenário nos EUA, analistas observam um novo impulso para o mercado de ouro. “Estamos vendo uma ampliação do interesse por parte de investidores ocidentais, além da demanda já forte da Ásia e de bancos centrais”, disse Giovanni Staunovo, estrategista do UBS, segundo a Reuters.
O ouro acumula valorização superior a 40% no ano, impulsionado por incertezas geopolíticas, medidas de estímulo e busca por proteção de capital. A projeção da UBS é de que o metal possa alcançar US$ 3.900 até a metade de 2026.
Outras commodities do setor também registraram ganhos expressivos. A prata subia 1,4%, cotada a US$ 43,67 por onça — maior valor em mais de uma década. O platina avançava 0,8%, para US$ 1.415,09, enquanto o paládio tinha alta de 1,9%, negociado a US$ 1.170,63.