Vice-presidente dos EUA, JD Vance, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt: governo americano entra no segundo dia de paralisação (ANDREW THOMAS/Middle East Images/AFP/Getty Images)
Repórter
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 07h56.
A paralisação do governo dos Estados Unidos continua a ditar o ritmo dos mercados nesta quinta-feira, 2, com impacto direto na agenda econômica.
A divulgação de pedidos de auxílio-desemprego e de encomendas à indústria foi suspensa, e amanhã o payroll também não será publicado. A ausência desses dados reduz a visibilidade dos investidores sobre o mercado de trabalho americano, crucial para as próximas decisões do Federal Reserve.
Na véspera, a pesquisa da ADP surpreendeu ao apontar corte de 30 mil vagas no setor privado em setembro. O resultado elevou a 99% as apostas em uma queda de juros ainda este mês, segundo o CME Group.
No Brasil, a sessão da Câmara terminou no fim da noite de quarta-feira com a aprovação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
No mercado corporativo, o destaque do dia é a notícia de que a OpenAI, dona do ChatGPT, atingiu a avaliação de mercado de US$ 500 bilhões, o que coloca a companhia liderada por Sam Altman na frente da SpaceX, de Elon Musk, avaliada atualmente em US$ 400 bilhões. A OpenAI é, agora, a startup mais valiosa do mundo.
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou nesta quinta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo avançou 0,65% em setembro. O resultado representa uma forte aceleração em comparação à alta de 0,04% em agosto e ao avanço de 0,34% registrado na terceira quadrissemana do mês passado.
Ainda hoje, às 11h a Fenabrave divulga os emplacamentos de veículos de setembro. À noite, às 21h30, sai no Japão o PMI composto final de setembro, medido pela S&P Global e pelo Jibun Bank.
A agenda de eventos inclui, às 11h30, a participação de Lorie Logan, presidente do Fed de Dallas, na conferência UT Evolving Energy and Policy Landscape.
Já às 22h05, o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, discursa em um encontro de organizações econômicas em Osaka.
Os mercados globais operam em alta nesta quinta-feira. Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente positivas. O Kospi, da Coreia do Sul, avançou 2,70% e renovou máxima histórica, impulsionado por Samsung Electronics e SK Hynix. O Kosdaq também subiu 1,05%.
No Japão, o Nikkei 225 ganhou 0,97%, enquanto o Topix recuou 0,24%. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 1,13%. Na Índia, o Nifty 50 subiu 0,92%, e o Sensex ficou estável. Os mercados da China e de Hong Kong permaneceram fechados por feriado.
Na Europa, os índices estendiam ganhos. Por volta das 7h30, no horário de Brasília, o índice Stoxx 600 subia 0,76%, o DAX de Frankfurt avançava 1,14% e o CAC 40, de Paris, ganhava 1,17%. O FTSE 100, de Londres, oscilava perto da estabilidade, com leve alta de 0,04%. O setor de tecnologia liderava os ganhos no continente, acompanhado por ações de montadoras, como a Stellantis.
Nos Estados Unidos, os futuros operavam mistos. O contrato do Nasdaq 100 avançava 0,36% e o do S&P 500 subia 0,16%, enquanto o do Dow Jones recuava 0,07%.
O ouro opera próximo das máximas históricas. Às 5h04 (horário de Brasília), o spot era negociado a US$ 3.867,97 a onça, enquanto o contrato de dezembro recuava 0,1%, a US$ 3.892,15.