Redação Exame
Publicado em 24 de outubro de 2025 às 20h26.
Última atualização em 24 de outubro de 2025 às 20h26.
A Petrobras (PETR4) registrou uma produção total de petróleo e gás de 3,144 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no terceiro trimestre de 2025 (3T25), um crescimento de 16,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo relatório divulgado sexta-feira, 25.
Segundo a estatal, o desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo atingimento do topo de produção (capacidade de projeto) do FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, e aumento da capacidade de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero.
"Também contribuíram para este aumento de produção o menor volume de perdas por paradas e manutenções e a maior eficiência operacional nas Bacias de Campos e Santos", explicou a Petrobras.
Já a produção exclusiva de petróleo no Brasil atingiu 2,52 milhões de barris por dia entre julho e setembro, avanço de 18,4% na base anual.
A produção de gás natural no Brasil subiu 13,1% no trimestre, em comparação com o mesmo período em 2024, para 594 mil boed.
O fator de utilização das refinarias da Petrobras no período foi de 94%, recuo de um ponto percentual ante os 95% registrados um ano antes.
No terceito trimestre, a produção de óleo no pré-sal atingiu 2,117 milhões bpd, alta de 6,6% em relação ao trimestre anterior, impulsionada pelo ramp-up dos FPSOs Almirante Tamandaré, Duque de Caxias, Maria Quitéria e Alexandre de Gusmão, além da entrada de 6 novos poços.
A produção do pós-sal foi de 366 mil bpd, avanço de 17,3% frente ao 2T25, devido à menor perda por manutenção, ramp-up dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi e entrada de 5 novos poços, parcialmente compensada pelo declínio natural dos campos.
A produção em terra e águas rasas foi de 36 mil bpd e no exterior 31 mil boed, ambas estáveis. A expectativa é que a produção média de óleo e gás em 2025 atinja a banda superior da meta estabelecida.
As vendas de derivados apresentaram um sólido desempenho, alcançando o volume total de 1,804 milhões de bpd comercializados no mercado interno. A petrolífera destaca que as vendas de diesel registraram um crescimento de 12,2%, com o diesel S10 respondendo por 67,8% do volume total comercializado no trimestre e alcançando 68,4% em setembro, estabelecendo recordes trimestral e mensal, respectivamente.
Por outro lado, as vendas de gasolina no terceito trimestre registraram queda de 0,5% em relação ao 2T25, devido ao aumento do teor de etanol anidro na gasolina, de 27% para 30%, em vigor desde 1º de agosto de 2025.
Já a produção de derivados alcançou 1,790 milhões de bpd, representando um crescimento de 3,5% em relação ao 2T25. A produção de derivados de alto valor agregado (diesel, QAV e gasolina) representou 69% do volume total no trimestre, "reforçando a maximização de rentabilidade do parque".
A produção de diesel cresceu 6,0% frente ao 2T25, com destaque para o recorde trimestral de diesel S-10 na REFAP e o recorde mensal na RPBC em setembro.
O querosene de aviação (QAV) avançou 2,3%, impulsionado pela maior demanda aérea e pela capacidade adicional de hidrotratamento na REPLAN, contribuindo para alta de 5,6% na produção total de derivados médios.
A produção de gasolina, por sua vez, subiu 4,0%, alcançando recorde trimestral na REPAR, enquanto a nafta caiu 5,2%, refletindo maior utilização das unidades de craqueamento catalítico (FCC) após paradas programadas no trimestre anterior.
Por fim, a Petrobras informou que a exportação líquida no 3T25 cresceu 37,5% em relação ao 2T25. Isso ocorreu em função das exportações de petróleo, impulsionadas pela maior produção de óleo no período, além do crescimento das exportações de óleo combustível e de gasolina.