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Petróleo cai com expectativa de cessar-fogo entre Israel e Hamas

Preço do barril cai cerca de 0,4% às 9h10, enquanto dados de estoques e cenário geopolítico reforçam cautela dos investidores

 (Anton Petrus/Getty Images)

(Anton Petrus/Getty Images)

Publicado em 9 de outubro de 2025 às 09h28.

Os preços do petróleo operam em queda nesta quinta-feira, 9, com os investidores acompanhando de perto os desdobramentos de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, além do impacto dos estoques elevados nos Estados Unidos.

Por volta das 9h10 (horário de Brasília), o contrato do Brent Crude para dezembro recuava 0,42%, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) para novembro caía 0,45% por barril.

Cessar-fogo em Gaza

Israel e Hamas estão prestes a assinar um acordo histórico no Egito como parte do plano de Donald Trump para pôr fim à guerra de dois anos no enclave.

A primeira fase do acordo, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos na noite de quarta-feira, 8, marca um avanço significativo em seus esforços para encerrar um conflito que já resultou na morte de mais de 67 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, devastou Gaza e gerou conflitos em todo o Oriente Médio.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de seu gabinete na quinta para aprovar o acordo, embora o ministro da Fazenda, Bezalel Smotrich, e seu partido, já tenham anunciado que votarão contra a proposta, segundo o jornal The Times of Israel.

Impacto no mercado

“O acordo de paz representa um avanço histórico e pode ter implicações amplas para o mercado de petróleo — desde uma possível queda nos ataques no Mar Vermelho até maior probabilidade de um acordo nuclear com o Irã”, afirmou Claudio Galimberti, economista-chefe da Rystad Energy, em nota publicada pela Reuters.

Ainda assim, Galimberti lembra que tentativas anteriores de cessar-fogo fracassaram, e a situação no Oriente Médio continua volátil.

Além disso, os preços também refletem os números mais recentes de estoques dos Estados Unidos, que mostraram alta acima do esperado, aumentando a pressão sobre as cotações.

Na véspera, os preços chegaram a subir cerca de 1% com a percepção de que as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia seguem travadas, o que prolonga as sanções sobre exportações de petróleo russo.

Segundo a Energy Information Administration, o consumo de petróleo nos EUA atingiu 21,99 milhões de barris por dia na última semana, maior nível desde dezembro de 2022. Já o J.P. Morgan apontou que a demanda global começou outubro em ritmo moderado, abaixo das estimativas iniciais, embora ainda acima dos níveis de um ano atrás.

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