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PMIs, ata do Copom e balanço da Embraer: o que move os mercados

Investidores locais também acompanham a crise política e as tarifas dos Estados Unidos

Fábrica da Embraer, em São José dos Campos: empresa divulga resultado nesta terça-feira, 5 (Leandro Fonseca /Exame)

Fábrica da Embraer, em São José dos Campos: empresa divulga resultado nesta terça-feira, 5 (Leandro Fonseca /Exame)

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 07h51.

Esta terça-feira, 5, começa com foco em dados de atividade econômica dos Estados Unidos, enquanto no Brasil o destaque é a ata do Comitê de Política Monetária, divulgada às 8h pelo Banco Central.

Nos Estados Unidos, às 9h30, sai a balança comercial de junho, seguida PMI composto da S&P Global às 10h45 e o ISM de serviços às 11h.

No Brasil, a ata do Copom deve reforçar o novo viés do Banco Central, que agora considera 15% como piso provável da Selic. A comunicação é vista como decisiva para o comportamento da curva de juros nesta semana.

Na política, os mercados domésticos monitoram os desdobramentos da decisão que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. O temor de que a decisão possa azedar o ambiente de negociação entre Brasília e Washington em torno da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros elevou a cautela no pós-mercado.

Na agenda de empresas, a Embraer divulga seu balanço antes da abertura, em meio à repercussão positiva por ter ficado de fora da tarifa adicional de 40% imposta pelo governo Trump.

Após o fechamento, será a vez de nomes importantes como Itaú, Klabin, Prio, GPA, Iguatemi e RD Saúde. Lá fora, Caterpillar apresenta resultados antes da abertura; AMD e Super Micro Computer divulgam após o fechamento.

Ainda nesta manhã, às 9h, o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, participam de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.

Mercados internacionais

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta nesta terça-feira. O índice Kospi, da Coreia do Sul, liderou os ganhos e subiu 1,60%. O S&P/ASX 200, da Austrália, avançou 1,23%, enquanto o Shanghai Composite teve alta de 0,96%. Em Tóquio, o Nikkei 225 ganhou 0,64%. O destaque negativo foi o Nifty 50, da Índia, que recuou 0,30%.

Na Europa, os principais índices operavam no positivo por volta das 7h40 (horário de Brasília). O DAX, da Alemanha, subia 0,77%; o FTSE 100, do Reino Unido, ganhava 0,40%; e o CAC 40, da França, avançava 0,23%. O índice europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,43%.

Os investidores digerem dados que reforçam uma leve melhora na atividade econômica. O PMI composto final da zona do euro subiu para 50,9 em julho, o maior nível em quatro meses, sinalizando expansão moderada. O setor de serviços avançou para 51,0, com destaque positivo para Espanha e Itália, enquanto a França continuou em contração.

O PMI industrial também melhorou, passando de 49,5 para 49,8, no ritmo mais lento de queda em três anos. Já o PPI de junho subiu 0,9% na comparação mensal, indicando leve pressão nos preços ao produtor.

Nos Estados Unidos, os índices futuros também operavam com leve alta. Às 7h40, o Dow Jones futuro subia 0,10%, o S&P 500 futuro avançava 0,24% e o Nasdaq 100 futuro registrava ganho de 0,32%.

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