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Prêmio de risco espanhol fecha com pior recorde histórico

A rentabilidade do bônus espanhol a dez anos também disparou hoje a 6,22%, enquanto o alemão fechava em 1,45%

Apesar desta forte alta do prêmio de risco, o Tesouro público espanhol conseguiu leiloar 2,903 bilhões de euros em letras a 12 e 18 meses (John Thys/AFP)

Apesar desta forte alta do prêmio de risco, o Tesouro público espanhol conseguiu leiloar 2,903 bilhões de euros em letras a 12 e 18 meses (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 14h42.

Madri - O prêmio de risco da Espanha, medido pela diferença entre o bônus do país a dez anos e o alemão do mesmo prazo, disparou nesta segunda-feira para 478 pontos básicos, sua posição mais alta em um fechamento de pregão desde a implantação do euro.

As dúvidas sobre o futuro da Grécia e o sistema financeiro espanhol, que precisará de mais de 22 bilhões de euros para atender às necessidades do governo, fizeram o prêmio de risco subir hoje em 24 pontos básicos, a partir dos 454 com os quais começou o pregão. No entanto, durante a jornada, chegou a atingir 492 pontos.

A rentabilidade do bônus espanhol a dez anos também disparou hoje a 6,22%, enquanto o alemão fechava em 1,45%.

Apesar desta forte alta do prêmio de risco, o Tesouro público espanhol conseguiu leiloar 2,903 bilhões de euros em letras a 12 e 18 meses, embora tenha tido que elevar ligeiramente os juros de ambas as denominações.

A incerteza sobre a formação de um governo de coalizão na Grécia pesou também sobre a bolsa espanhola, que caiu 2,66% e chegou a um novo mínimo anual (6.809,40 pontos), nível de outubro de 2003.

Em Bruxelas, o ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, afirmou que o país tomou "todas as medidas" para voltar ao crescimento e estabilizar sua economia, e pediu cooperação e uma resposta conjunta da zona do euro para apoiar o país.

De Guindos atribuiu a dramática alta do prêmio de risco à instabilidade política na Grécia, e não à reforma financeira aprovada na sexta-feira passada na Espanha e que exigirá recursos milionários para sanear os bancos espanhóis. 

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