Invest

Presidente da Petrobras (PETR4), José Mauro Coelho, renuncia após pressão sobre combustíveis

Decisão foi tomada após escalada da tensão com o governo na última semana

José Mauro Coelho (André Ribeiro/ Agência Petrobras/Divulgação)

José Mauro Coelho (André Ribeiro/ Agência Petrobras/Divulgação)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 20 de junho de 2022 às 10h04.

Última atualização em 20 de junho de 2022 às 16h47.

José Mauro Coelho, presidente da Petrobras (PETR3/PETR4) renunciou ao posto nesta segunda-feira, 20, após ser pressionado pelo governo a deixar o cargo. A Petrobras informou que Coelho também renunciou ao conselho de administração da companhia.

Coelho já havia sido demitido por Bolsonaro em 25 de maio, quarenta dias após sua posse, mas aguardava rito no conselho de administração para deixar efetivamente o comando da estatal. A renúncia, informada pela Petrobras em fato relevante, acelerou o processo. 

A saída do executivo responde à escalada da pressão sobre a Petrobras após o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmar na sexta-feira que Coelho deveria renunciar “imediatamente”. No dia anterior, a estatal havia anunciado um reajuste de 14% no diesel e 5% na gasolina que entrou em vigor no fim de semana.

A empresa nomeou Fernando Borges, diretor executivo de exploração e produção da companhia, como presidente interino. No entanto, o indicado pelo governo para conduzir a Petrobras é Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia e tido no mercado como nome de confiança do ministro Paulo Guedes. Borges deve permanecer no cargo até que Paes de Andrade tenha o aval da assembleia de acionistas para assumir a presidência da empresa.

 

Acompanhe tudo sobre:Petrobrasbolsas-de-valoresAçõesCombustíveisGasolinaArthur Lira

Mais de Invest

Raízen e Cosan registram forte alta na bolsa. O motivo vai além da saída do Oxxo

Ibovespa opera em alta com expectativa para a balança comercial

Novo fundo do BTG em Portugal dá acesso a Golden Visa: veja quem pode investir

Receita Federal alerta que golpistas usam chamadas de vídeo e citam operações para enganar vítimas