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Puma despenca 16% após balanço fraco e alerta para prejuízo em 2025

Impacto de tarifas dos EUA leva marca alemã a revisar metas, com queda nas vendas e perspectiva negativa para o lucro

Puma: a companhia alemã projeta prejuízo operacional em 2025 (Puma/Divulgação)

Puma: a companhia alemã projeta prejuízo operacional em 2025 (Puma/Divulgação)

Publicado em 25 de julho de 2025 às 07h11.

As ações da Puma despencaram 18% nesta sexta-feira, 25, após a empresa divulgar vendas abaixo do esperado no segundo trimestre e cortar suas projeções para 2025. Por volta das 6h40, os papeis operavam em queda de 16,9%.

A fabricante alemã de artigos esportivos citou o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos como um dos principais fatores para a revisão.

Em atualização preliminar publicada na quinta-feira, a Puma disse que espera uma queda de mais de 10% nas vendas deste ano — uma mudanças significativa em relação à previsão anterior de crescimento entre 1% e 9%.

A companhia também projeta prejuízo operacional em 2025, revertendo a estimativa anterior de lucro entre 445 milhões e 525 milhões.

No segundo trimestre, a receita caiu 2% em comparação com o mesmo período de 2024, para 1,94 bilhão, ajustada por câmbio, abaixo dos 2,06 bilhões previstos por analistas consultados pela LSEG.

O resultado operacional ajustado registrou prejuízo de 13,2 milhões, excluindo custos não recorrentes. Esses custos extraordinários, ligados ao programa de eficiência, somaram 84,6 milhões no período.

Vendas em queda

As vendas caíram principalmente na América do Norte, com retração de 9%, além de quedas na Europa e na região da Ásia e do Pacífico.

A empresa também apontou desafios como excesso de estoques, menor interesse do consumidor pela marca e mudanças nos canais de venda, com maior participação de parceiros e varejistas que oferecem margens menores em relação a lojas próprias ou ao e-commerce da Puma.

Para mitigar o impacto das tarifas, a Puma está reduzindo as importações da China para os EUA e pretende aumentar preços a partir do quarto trimestre. Mesmo assim, estima um efeito negativo de cerca de 80 milhões no lucro de 2025.

Sob nova liderança desde 1º de julho, com Arthur Hoeld no comando, a companhia passa por uma reavaliação estratégica em busca de recuperar relevância em um mercado esportivo altamente competitivo.

As ações da Puma já perderam metade do valor em 2025, pressionadas por tarifas e pela menor demanda do consumidor.

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