As ações da Boeing operavam em queda nesta quinta-feira, 12, após um trágico acidente envolvendo um de seus aviões 787 Dreamliner, operado pela Air India.
O voo, que partiu de Ahmedabad, na Índia, com destino ao aeroporto de Gatwick em Londres, desapareceu dos radares logo após a decolagem. A aeronave transportava 242 passageiros, e as operações de resgate continuam no local do acidente.
Esse é o primeiro caso fatal envolvendo o modelo 787, gerando grande apreensão nos mercados financeiros. Como resultado, as ações da Boeing registraram uma queda de 7% no pré-mercado, às 7h15 (horário de Brasília).
O incidente levantou sérias dúvidas sobre a confiança dos investidores, com o estrategista da Saxo UK, Neil Wilson, apontando que o acidente poderia prejudicar os avanços recentes na recuperação da confiança pública e financeira.
Além da queda nos papéis da Boeing, outras companhias do setor também sofreram perdas. A GE Aerospace, fornecedora de motores para os aviões da Boeing, viu suas ações despencarem em mais de 6%, enquanto a Spirit Aerosystems, que fabrica fuselagens e cockpits para os aviões da Boeing, apresentou queda de 4%.
Antes do acidente, as ações da Boeing haviam experimentado um forte desempenho, com alta de 25% neste ano, após um 2024 difícil, onde a companhia foi a maior perdedora no índice Dow Jones, com uma queda de 31%.
A crise se agravou após um incidente envolvendo a Alaska Airlines, que resultou na saída do CEO Dave Calhoun e na nomeação de Kelly Ortberg para o cargo. Ortberg assumiu com o compromisso de priorizar a engenharia em vez do lucro.
Em comunicado, segundo a Business Insider, a Boeing afirmou: "Estamos cientes dos primeiros relatos e estamos trabalhando para reunir mais informações".