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Salários não são bons indicadores de inflação, diz Goolsbee, do Fed

Na sexta passada, o relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como payroll, apontou que, em julho, o salário médio por hora no país teve alta de 0,42% em relação a junho

Austan Goolsbee (Mandel Ngan/AFP)

Austan Goolsbee (Mandel Ngan/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 6 de agosto de 2023 às 12h13.

O presidente do Federal Reserve (Fed, o BC americano) de Chicago Austan Goolsbee, disse que o aumento salarial não é um indicador ideal para medir a inflação e que controlar o aumento de preços sem causar uma grande recessão é o objetivo da autoridade monetária. A afirmação foi feita em entrevista ao programa de TV Wall Street Week, da Bloomberg TV, que deve ir ao ar na próxima sexta-feira, 11.

"Salários não são indicadores principais de inflação. Os preços se movem primeiro, depois os salários. Quando vemos o que acontece com os salários hoje, é uma espécie de reflexo a coisas que já ocorreram no passado", afirmou Goolsbee.

Na sexta passada, o relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como payroll, apontou que, em julho, o salário médio por hora no país teve alta de 0,42% em relação a junho, ou US$ 0 14, a US$ 33,74. A variação ficou acima da projeção do mercado, de 0,30%.

"Eu acho que se você quer saber se está combatendo a inflação, você deve olhar diretamente para a inflação", disse o presidente da distrital de Chicago. Nesse sentido, ele afirmou que o Fed está caminhando na "linha fina" que é abaixar os preços sem causar uma grande recessão. "Vamos olhar para essa linha. É certamente o objetivo", afirmou.

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