Mercados

Selic em 11% não tira país de ser campeão de juros reais

Com a estabilidade da taxa básica de juros em 11% neste mês, os juros reais brasileiros avançariam 0,01 ponto porcentual


	BC: o país é o melhor pagador de juros reais do mundo
 (Wikimedia Commons)

BC: o país é o melhor pagador de juros reais do mundo (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 11h21.

São Paulo - Mesmo com a esperada manutenção da taxa Selic em 11% ao ano, em decisão a ser anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira após o fechamento dos mercados financeiros, o Brasil continuará ocupando o primeiro lugar no ranking mundial de juros reais.

Conforme levantamento feito pela MoneYou e UpTrend Advisors, o País é o melhor pagador de juros reais do mundo, com taxa de 4,25% ao ano, considerando-se as taxas de juros nominais determinadas pelos bancos centrais em 40 países e as projeções médias de inflação futura (ex-ante) das respectivas autoridades monetárias.

Considerando-se esse mesmo critério, as demais colocações do ranking global de pagadores de juros reais são ocupadas pelos outros países emergentes que formam o acrônimo BRIC. Em segundo lugar, aparece a China (3,41%), seguida por Índia (2,66%) e Rússia (1,70%).

O estudo mostra ainda que com a estabilidade da Selic em 11% neste mês, os juros reais brasileiros avançariam 0,01 ponto porcentual, em um cenário onde a maioria dos países apresentou queda nas projeções de inflação para 2014.

Também segundo o levantamento, somente um improvável corte de 1 ponto porcentual na Selic, hoje, tiraria o Brasil da primeira colocação do ranking mundial de maior pagador de juros reais.

Ainda segundo o estudo, a posição do País supera, inclusive, os maiores pagadores nominais da atualidade: Venezuela e Argentina, onde as taxas de juros estão em 16,38% e 14,90%, respectivamente. Porém, nesses termos nominais, o Brasil continuou na terceira colocação do ranking global, atrás apenas desses dois vizinhos sul-americanos.

Acompanhe tudo sobre:Mercado financeiroEstatísticasIndicadores econômicosBanco CentralJurosSelic

Mais de Mercados

Governo do Canadá intervém para deter greve da Air Canada

Após lucro fraco, Air Canada enfrenta greve que paralisa 200 voos diários para os EUA

O que EUA e Argentina têm em comum? Investidores veem 'paralelos preocupantes'

Do Drex à inteligência artificial 'explicável': As 5 inovações que vão mudar o mercado financeiro