Redação Exame
Publicado em 7 de julho de 2025 às 06h20.
A Shell informou nesta segunda-feira, 7, que seus resultados do segundo trimestre devem ser afetados por desempenho mais fraco na divisão de gás integrado e perdas no setor de produtos químicos, segundo a Reuters. O balanço completo será divulgado no dia 31 de julho.
Entre os fatores que pressionam o desempenho está uma parada não planejada na planta de polímeros da empresa em Monaca, nos Estados Unidos. A companhia também citou fraca atividade comercial em sua divisão de químicos e produtos, abaixo do observado no primeiro trimestre.
O mercado reagiu negativamente. As ações da Shell recuaram 2,8% pela manhã em Londres, negociadas a 25,54 libras, enquanto o setor europeu de energia caiu 1,4%.
Analistas já esperavam certa fragilidade nas operações downstream, mas a atualização surpreendeu. "O desempenho está bem abaixo do esperado", avaliou Biraj Borkhataria, do RBC.
Na área de exploração de petróleo, a empresa revisou para cima a faixa mínima de produção esperada. A nova estimativa é de 1,66 milhão a 1,76 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed), ante previsão anterior que começava em 1,56 milhão.
A companhia projeta também um write-off de US$ 200 milhões em sua área de exploração, sem detalhar a origem do impacto.
Para a divisão de gás integrado, a produção deve variar entre 900 mil e 940 mil boed, dentro da faixa previamente anunciada. A produção de GNL está estimada entre 6,4 milhões e 6,8 milhões de toneladas métricas no segundo trimestre.
Apesar dos desafios, a Shell prevê melhora no resultado ajustado de sua divisão de marketing, apoiada em volumes entre 2,6 milhões e 3 milhões de barris por dia — ligeiramente abaixo da projeção máxima anterior.
A empresa reafirmou a meta de crescer entre 4% e 5% ao ano em vendas de gás natural liquefeito (GNL) nos próximos cinco anos, além de aumento de 1% ao ano na produção.