Invest

Sob 'efeito Coelho Diniz', GPA engata segundo dia entre maiores altas da bolsa

Família dona da rede de supermercados mineira ultrapassou grupo francês Casino no capital social da companhia

Investidores mineiros querem mais participação no conselho do GPA

Investidores mineiros querem mais participação no conselho do GPA

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 14h35.

Última atualização em 26 de agosto de 2025 às 14h36.

As ações do GPA (PCAR3) operam entre as maiores altas do Ibovespa, mesmo depois de ter encabeçado o índice na sessão de ontem, subindo 9%. O mercado dá sinais de que aprovou as mudanças na composição societária da companhia. Às 14h30, horário de Brasília, o papel subia 2,56%, a R$ 3,61.

No último domingo, o GPA informou, por meio de fato relevante, os Coelho Diniz atingiram participação de 24,6% no capital social do grupo, passando a ser seu maior acionista, ultrapassando o grupo francês Casino, com 22,55 de participação.

A família é dona de uma rede de supermercados de mesmo nome em Minas Gerais e quer mais do que ações do GPA. Eles pediram a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para ter mais representatividade no conselho de administração. Informações do mercado dão conta que os Coelho Diniz estariam alinhados com outros acionistas e teriam ações suficientes para eleger entre 5 e 6 membros, no total de 9.

Desde maio deste ano, um dos integrantes da família, André Luiz Coelho Diniz, atuava como membro independente do colegiado.

A família de Abílio Diniz (1936-2024) já não tem participação acionária no grupo que criou e não possui nenhuma relação com os Coelho Diniz.

O JP Morgan ressalta que a família Coelho Diniz não pode continuar comprando ações, pois está quase no limite de 25% da chamada "pílula de veneno" (cláusula para evitar controle absoluto da companhia).

O  banco acredita em volatilidade para ações do grupo até que AGE ocorra e que a alta alavancagem do GPA deve continuar no foco da empresa.

Para a Genial investimentos, o avanço da família Coelho Diniz sinaliza maior influência na governança do GPA, podendo alterar os rumos estratégicos da companhia. De acordo com a casa, a busca por alinhamento entre participação acionária e representatividade no conselho pode trazer maior estabilidade e foco à gestão, mas também adiciona incerteza de curto prazo até a definição dos novos conselheiros.

Acompanhe tudo sobre:GPA (Grupo Pão de Açúcar)SupermercadosPão de AçúcarExtra

Mais de Invest

Demissão do Fed: Lisa Cook processará Trump, diz advogado

Ibovespa opera em queda com IPCA-15 e tensão após demissão de diretora do Fed

Receita paga na sexta-feira penúltimo lote da restituição do IR 2025; veja quem recebe

'Setor eólico está na sua pior crise, mas vai se recuperar em 2027', diz presidente da Abeeólica