Repórter
Publicado em 28 de agosto de 2025 às 11h18.
Última atualização em 28 de agosto de 2025 às 11h20.
O desempenho das sete magníficas após a divulgação dos resultados do segundo trimestre deste ano consolidou novos recordes para as maiores empresas de tecnologia do mundo.
Segundo dados da Elos Ayta Consultoria, empresas como Alphabet, Microsoft e Nvidia, superam, juntas, o lucro de grandes economias e bolsas ao redor do mundo. Mas, se os lucros de todas as companhias listadas na B3 fossem somados, o principal índice dos mercados brasileiros ficaria em quinto lugar, atrás da Apple, mas à frente da Meta, Amazon e até mesmo da Tesla.
A Nvidia, que apresentou seus números em 27 de agosto, registrou um lucro líquido de US$ 26,4 bilhões, consolidando-se como a terceira empresa mais lucrativa do grupo. O resultado a coloca atrás apenas da Alphabet (US$ 28,2 bilhões) e da Microsoft (US$ 27,2 bilhões), mas à frente da Apple (US$ 23,4 bilhões).
Segundo a consultoria, se todas as empresas listadas na bolsa brasileira fossem agrupadas como uma única companhia, o lucro líquido conjunto seria de US$ 21,05 bilhões no trimestre. Isso faria a “empresa B3” ficar na quinta posição do ranking.
A consultoria afirma que o "contraste evidencia o tamanho e a relevância do mercado de capitais brasileiro, mas também a enorme disparidade de escala em relação às gigantes de tecnologia". Apesar de a B3 ter um bom posicionamento, a soma de mais de 400 empresas listadas na B3 só consegue superar três das sete big techs americanas, o que, segundo a Elos Ayta, "é um reflexo da concentração de capital e rentabilidade nas líderes globais de tecnologia".
A consultoria ainda chama atenção para a alta capacidade de geração de caixa das companhias. A Alphabet, sozinha, lucrou 33% a mais do que todas as empresas brasileiras juntas, enquanto a Microsoft superou em quase US$ 6 bilhões o lucro consolidado da B3.
Para a Elos Ayta, isso evidencia o fenômeno estrutural da economia mundial, no qual a concentração dos lucros corporativos fica em poucas empresas de tecnologia. Nos Estados Unidos, os ganhos bilionários se concentram em um número pequeno de empresas, que dominam inovação, capital e acesso a mercados globais, enquanto isso, no Brasil, setores tradicionais, como bancos, energia, siderurgia e alimentos geram resultados expressivos, mas pulverizados entre diversas companhias.