Redatora
Publicado em 30 de julho de 2025 às 08h10.
A chamada "Super Quarta" promete movimentar os mercados com uma bateria de decisões monetárias, dados macroeconômicos e balanços de grandes empresas. O foco principal está sobre os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que anunciam suas decisões de juros nesta quarta-feira, 30.
Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) divulga sua decisão às 15h (horário de Brasília), com expectativa majoritária de manutenção dos juros, diante da inflação ainda resistente e das incertezas em torno da nova rodada de tarifas comerciais.
Na coletiva prevista para 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, deve reforçar o tom cauteloso e resistir às pressões por cortes antecipados, preferindo observar os efeitos da negociação final do pacote tarifário antes de agir.
A manhã já começa agitada por lá, com a publicação de dois indicadores importantes. O relatório de emprego da ADP, que mede a criação de vagas no setor privado, sai às 9h15, seguido da primeira leitura do PIB do segundo trimestre dos EUA, às 9h30.
Também estão previstos dados de vendas pendentes de imóveis (11h) e estoques de petróleo (11h30). No fim do dia, os olhos se voltam aos balanços de Meta, Microsoft, Qualcomm e Ford, todos divulgados após o fechamento de Nova York.
No Brasil, o Copom anuncia sua decisão às 18h30, com expectativa de manutenção da Selic em 15% ao ano. O mercado espera decisão unânime.
No período da tarde, às 14h30, o será divulgado o resultado primário do Governo Central, seguido de coletiva com técnicos do Tesouro. No mesmo horário, sai também o fluxo cambial semanal.
Pela manhã, o mercado acompanha o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de julho, às 8h.
Na cena corporativa, Santander abre a temporada dos grandes bancos com seus números antes da abertura da B3, enquanto o Bradesco divulga seu balanço após o fechamento.
Para fechar o dia, a China divulga os PMIs industrial e de serviços de julho às 22h30.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 30, em meio à cautela dos investidores com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Apesar do anúncio de que os dois países concordaram em estender a trégua tarifária, a decisão final ainda depende do presidente Donald Trump.
O índice Nikkei 225, do Japão, encerrou o dia estável, enquanto o Topix subiu 0,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,74%, puxado por ações de tecnologia. O S&P/ASX 200, da Austrália, ganhou 0,6% com dados de inflação mais fracos que reforçam a expectativa de corte de juros. Na China continental, o CSI 300 ficou estável, e o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,3%.
Na Europa, os mercados operam com leve viés positivo, apoiados pela divulgação de balanços corporativos. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), o CAC 40, da França, subia 0,50%; o DAX, da Alemanha, ganhava 0,28%; e o índice europeu Stoxx 600 avançava 0,10%. Em Londres, o FTSE 100 caía 0,26%.
Nos Estados Unidos, os futuros operam em leve alta antes da decisão de juros do Fed. Por volta das 7h50, os contratos futuros do S&P 500 subiam 0,11%, os do Nasdaq 100 avançavam 0,22% e os do Dow Jones ganhavam 0,03%.