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Tensão com tarifas de Trump e balanços pressionam mercados globais

Índices asiáticos sobem, mesmo após nova ameaça tarifária de Trump e resultados fracos da Honda

Wall Street, coração financeiro de Nova York: fundos americanos estão promovendo conferências, festas e jantares finos para aumentar seu perfil entre investidores individuais (Alexander Spatari/Getty Images)

Wall Street, coração financeiro de Nova York: fundos americanos estão promovendo conferências, festas e jantares finos para aumentar seu perfil entre investidores individuais (Alexander Spatari/Getty Images)

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 06h14.

Os mercados globais operam sem direção única nesta quarta-feira, 6, com investidores digerindo uma nova rodada de ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a repercussão de balanços corporativos nos setores automotivo, farmacêutico e tecnológico.

Na Ásia, os principais índices fecharam em alta, apesar de a Honda ter registrado uma queda de 50% no lucro operacional no primeiro trimestre fiscal, pressionada pelas tarifas americanas sobre carros e peças importadas.

No Japão, o Nikkei 225 avançou 0,6%, enquanto o Topix subiu 1,02%. Na China, o Xangai Composto teve alta de 0,45%, e o CSI 300 ganhou 0,24%. Em Hong Kong, o Hang Seng teve leve valorização de 0,03%. O S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 0,84%. Na Coreia do Sul, o Kospi encerrou o dia estável.

A fala de Trump na véspera, de que deve anunciar “em breve” novas tarifas sobre chips e semicondutores para incentivar a produção doméstica, voltou a alimentar temores de guerra comercial.

A sinalização de que o setor farmacêutico também pode ser atingido, com tarifas de até 250%, derrubou o índice europeu de biotecnologia e farmacêuticas em 0,8%. A alemã Bayer caiu 4,5%, enquanto Oncopeptides e Galapagos perderam 7% e 5,3%, respectivamente.

Europa e EUA

Na Europa, as bolsas abriram em alta moderada, com o Stoxx 600 subindo 0,15% por volta de 5h50 (de Brasília), puxado por ações de construção e industriais. O CAC 40, da França, ganhava 0,34%, e o DAX, da Alemanha, avançava 0,24%. O FTSE 100, em Londres, subia 0,26%.

O destaque negativo ficou com a fabricante da Nivea, Beiersdorf, que cortou a projeção de vendas para o ano e viu suas ações caírem 9%.

Os futuros das bolsas de Nova York também operam em leve alta, após a sessão negativa de terça-feira. Às 5h50, os contratos do S&P 500 subiam 0,38%, os do Dow Jones avançavam 0,43% e os do Nasdaq 100 tinham alta de 0,22%.

Na véspera, o S&P 500 registrou sua quinta queda em seis dias e o Dow Jones teve a sexta baixa nas últimas sete sessões. O mau humor foi alimentado por alertas de empresas como Yum! Brands (KFC) e Caterpillar, que apontaram efeitos negativos das tarifas sobre consumo e custos operacionais.

Investidores também digerem os números da fabricante de processadores AMD, teve desempenho considerado fraco na divisão de data centers, apesar da receita em linha com o esperado. Ao longo do dia, eles aguardam os balanços de gigantes como McDonald’s, Disney, Uber, Airbnb, DoorDash e Lyft.

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