Donald Trump: presidente americano está em Israel nesta segunda-feira, 13 (Saul Loeb/AFP)
Repórter
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 07h45.
Os mercados globais iniciam a segunda-feira, 13, com sinais de recuperação, impulsionados pelo tom mais conciliatório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China.
Após dias de retórica agressiva, Trump afirmou no domingo que “vai ficar tudo bem” com Pequim. A declaração reduz a tensão nos mercados e leva os futuros de Nova York e os preços do petróleo a avançarem nas primeiras horas da manhã.
Do lado chinês, Pequim respondeu pedindo “negociação, em vez de ameaças”, mas deixou claro que “não tem medo de uma guerra tarifária”. Além disso, dados divulgados nesta madrugada mostraram um salto nas importações e exportações do país.
O feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos mantém os mercados de Treasuries fechados, o que deve reduzir a liquidez global ao longo do dia.
No Oriente Médio, o governo de Israel confirmou nesta segunda-feira que os 20 últimos reféns israelenses sequestrados pelo Hamas já estão em território israelense. Eles haviam sido capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, no sul do país, que deu início à guerra em Gaza.
De acordo com a imprensa local, os reféns passaram 738 dias na Faixa de Gaza. A libertação acontece em paralelo à saída de ônibus com presos palestinos da penitenciária de Ofer, em cumprimento aos termos do acordo mediado por países aliados.
Em meio à operação, Trump desembarcou em Israel e afirmou que “a guerra acabou”, ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O presidente americano irá presidir, no Egito, uma cúpula pela paz em Gaza.
Enquanto isso, Trump está no Oriente Médio para presidir uma cúpula pela paz em Gaza, no Egito.
No Brasil, a agenda doméstica ganha peso com a expectativa de decisões políticas em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna à noite de Roma, após encontro no Vaticano com o papa Leão XIV nesta manhã.
A agenda econômica começa às 8h25, com a divulgação do Relatório Focus do Banco Central. Às 9h, o vice-presidente Geraldo Alckmin participará da abertura da pré-COP, em Brasília.
Às 10h, o BC deve realizar dois leilões de linha de até US$ 1 bilhão no total para rolagem. No exterior, às 13h55, está previsto um discurso de Anna Paulson, dirigente do Federal Reserve, em evento nos EUA.
Já a balança comercial mensal será publicada às 15h pela Secretaria de Comércio Exterior.
No cenário internacional, investidores também acompanharão as reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, além da divulgação do relatório mensal da Opep.
Mais cedo, a Academia Real de Ciências da Suécia anunciou os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2025.
Os economistas Joel Mokyr, da Universidade Northwestern, Philippe Aghion, do Collège de France, INSEAD e London School of Economics, e Peter Howitt, da Universidade Brown, foram reconhecidos “por explicarem o crescimento econômico impulsionado pela inovação” — um conjunto de estudos que ajudou a entender como o avanço tecnológico e a chamada “destruição criativa” sustentam o desenvolvimento das economias modernas.