Planta adiciona cerca de 15 milhões de toneladas por ano (Mtpa) à produção de minério de ferro da Vale (Vale/Divulgação)
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Publicado em 4 de setembro de 2025 às 14h52.
A Vale (VALE3) fez oficialmente, nesta quinta-feira, 4, a reativação da mina Capanema, em Ouro Preto (MG). A operação irá funcionar sem o uso de água no processamento do mineral e sem gerar rejeito, eliminando a necessidade de barragem, informa a empresa.
A previsão é que a mina adicione cerca de 15 milhões de toneladas por ano (Mtpa) à produção de minério de ferro da Vale. A mineradora afirma ainda que Capanema contribuirá para a empresa alcançar o guidance de 340–360 Mtpa da commodity em 2026.
De acordo com a Vale, foram investidos cerca de R$ 5,2 bilhões na reativação da unidade, que estava paralisada havia 22 anos. A mineradora explicou que o funcionamento de Capanema dá início a uma nova fase de investimento em Minas Gerais, de R$ 67 bilhões até 2030, para modernização dos cinco complexos operacionais da empresa.
No comunicado, a Vale esclarece que esses recursos serão aplicados em processos produtivos mais seguros, inovadores e sustentáveis, priorizando a redução do uso de barragens no Estado.
A maior parte dos investimentos, de acordo com a mineradora, será destinada a soluções para ampliar a filtragem e o empilhamento a seco do rejeito, com o objetivo de reduzir de 30% para 20% o uso de barragens nas operações da empresa no Estado.
A planta de Capanema terá, incialmente, cinco caminhões fora de estrada autônomos (sem condutor) e soluções de circularidade, com o reprocessamento de minério de ferro contido em uma antiga pilha de estéril.
“Capanema exemplifica a nova fase da mineração em Minas Gerais e reforça nosso compromisso com um processo produtivo mais responsável, minimamente invasivo e com tecnologia e inovação aplicadas para o melhor aproveitamento dos recursos minerais e para iniciativas de descarbonização”, afirma Gustavo Pimenta, presidente da Vale.