(Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 2 de outubro de 2025 às 20h40.
A Vale (VALE3) anunciou as datas de divulgação de seus resultados operacionais e financeiros do terceiro trimestre de 2025.
Segundo comunicado da mineradora, os dados de produção e vendas serão publicados em 21 de outubro. Já o balanço financeiro será conhecido em 30 de outubro, após o fechamento do mercado.
Segundo o Itaú BBA, a Vale deve reportar um conjunto sólido de resultados no trimestre, principalmente impulsionado pelo bom desempenho da divisão Ferrosos.
Ainda que o lucro líquido, previsto em US$ 1,99 bilhão seja 17,5% menor que o registrado um ano antes, os resultados operacionais devem apresentar crescimento de dois dígitos.
O BBA projeta um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado proforma de US$ 4,25 bilhões, alta de 24% em relação ao trimestre anterior e 13% em relação ao mesmo período do ano passado.
Olhando para o futuro, o banco espera nova melhora nos resultados no quarto trimestre, devido a volumes de vendas sazonalmente mais fortes e a possíveis preços de minério de ferro mais altos.
Para a divisão Ferrosos, o BBA prevê EBITDA de US$ 3,9 bilhões no terceiro trimestre, alta de 31% na comparação trimestral, impulsionada por volumes sazonalmente maiores, preços realizados mais altos e custos ligeiramente menores.
Para as prévias operacionais, o BBA projeta embarque de 85,9 milhões de toneladas de minério de ferro no terceiro trimestre, um aumento de 9 milhões de toneladas em relação ao trimestre imediatamente anterior.
O preço realizado do minério de ferro deve subir US$ 9,9 por tonelada na comparação trimestral, alcançando US$ 95,0 por tonelada, principalmente devido a preços de referência mais altos e a efeitos positivos do mecanismo de precificação, prevê o BBA.
Já o custo em caixa C1 (incluindo compras de terceiros) deve cair US$ 1,5 por tonelada na comparação trimestral, para US$ 24,8 a tonelada..
Na divisão Metais Básicos, a projeção de EBITDA é de US$ 615 milhões, um recuo trimestral de 15%. Para a divisão Níquel, o banco antecipa EBITDA de US$ 70 milhões, abaixo dos US$ 201 milhões no segundo trimestre, devido a preços mais baixos do níquel e custos mais altos.
Segundo o banco, a divisão de cobre deve reportar EBITDA de US$ 565 milhões, alta de 5% em relação ao trimestre anterior, principalmente impulsionada por preços mais altos do cobre.