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Vibra lidera baixas do Ibovespa com rumores de retorno da Petrobras ao varejo

Agência de notícias afirma que petrolífera levará pauta ao conselho ainda esta semana; Vibra, que já foi BR Distribuidora, foi privatizada em 2021

Analistas veem dificuldades de Petrobras voltar ao varejo sem afetar a Vibra (Vibra /Divulgação)

Analistas veem dificuldades de Petrobras voltar ao varejo sem afetar a Vibra (Vibra /Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 17 de julho de 2025 às 12h13.

As ações da Vibra (VBBR3) operam entre as maiores baixas do Ibovespa nesta quinta-feira, 17. O desempenho negativo coincide com a notícia de que a Petrobras (PETR3;PETR4) estaria estudando voltar a vender combustível no varejo, veiculada pela Bloomberg. Às 11h56 (horário de Brasília), VIBR3 recuava 2,5%, a R$ 21,05.

A reportagem da agência dá conta de que o conselho da Petrobras vai ser reunir ainda esta semana para discutir a revisão de seu plano estratégico e restabelecer a presença no varejo. A estratégia se alinha à pressão política para lidar com os custos dos combustíveis ao consumidor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez reclamações públicas, recentemente, sobre o aumento dos valores na bomba dos postos de abastecimento.

“Mesmo quando a Petrobras reduz o preço, muitos postos de gasolina não o fazem", disse o presidente, durante o anúncio de investimentos em refinarias no início deste mês.

A própria CEO da petrolífera, Magda Chambriard, também já afirmou que os postos não estão repassando, aos consumidores, as economias de custo no atacado.

"Se a Petrobras quiser retornar rapidamente ao varejo, terá que ser via Vibra, dadas as cláusulas de não concorrência com outras marcas e a dificuldade de expandir o negócio por meio de uma nova empresa. Isso poderia ser feito comprando a Vibra ou tentando negociar um acordo bilionário para antecipar o fim do contrato de marca com a Vibra, que expira em 2033", diz relatório do Bradesco BBI/ Ágora, assinado por Vicente Falanga e Ricardo França.
A Vibra, que já foi BR Distribuidora, passou por um processo de privatização que começou em 2017, no governo de Michel Temer, e foi concluído em 2021, na gestão de Jair Bolsonaro.
A reportagem da Bloomberg explica que a Vibra tem um contrato de marketing para usar a marca Petrobras até meados de 2029. A gigante do petróleo, por sua vez, notificou a distribuidora no ano passado que não estava interessada em renovar a licença nos termos atuais.
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