Redação Exame
Publicado em 29 de julho de 2025 às 09h33.
A Vinci Compass e a Verde Asset Management estão em fase avançada de negociação para formar uma joint venture (JV). A informação, veiculada pelo Brazil Journal, foi confirmada por EXAME. A JV prevê a transferência do controle da gestora de Luis Stuhlberger para a Vinci ao longo dos próximos cinco anos. Durante esse período, a equipe da Verde seguirá com total independência na gestão.
O modelo do negócio é uma troca de participações: os sócios da Verde receberão ações da Vinci, o que permitirá que os resultados da gestora passem a ser incorporados imediatamente ao balanço da Vinci. Apesar de ainda faltarem assinaturas nos documentos finais, os termos básicos já foram alinhados entre Stuhlberger, a Lumina Capital Management – que detém um quarto do capital da Verde – e os executivos da Vinci, Gilberto Sayão e Alessandro Horta.
A operação foi comunicada internamente aos times da Verde, e a Vinci já iniciou os processos de diligência. Stuhlberger, que fundou a Verde há 28 anos, sinalizou aos colegas que pretende permanecer à frente da gestão dos fundos por pelo menos os próximos cinco anos. Tanto ele quanto a Lumina, do empresário Daniel Goldberg, seguirão como acionistas da casa.
Além de organizar uma sucessão planejada para Stuhlberger, o negócio também se apoia na complementaridade entre os portfólios das duas gestoras, que atuam com produtos e estratégias distintas. A ideia é que, além de manter a liderança no fundo Verde do Verde, Stuhlberger também contribua com a estratégia internacional da Vinci, que administra mais de R$ 300 bilhões após sua fusão com a Compass – a maior parte desse montante investida fora do Brasil.
A Verde, por sua vez, soma R$ 17 bilhões sob gestão. Já a Vinci Compass, listada na Nasdaq, tem valor de mercado estimado em US$ 621 milhões, ou cerca de R$ 3,5 bilhões no câmbio atual.