Invest

Aneel propõe redução média de 1% para tarifas da Enel SP

Efeitos dos reajustes serão diferentes para cada classe de consumidores; entenda

 (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

(Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 28 de março de 2023 às 13h08.

Última atualização em 28 de março de 2023 às 13h38.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta terça-feira, 28, uma redução média de 1% para as tarifas da Enel Distribuição São Paulo, a antiga Eletropaulo. Segunda maior distribuidora de energia elétrica no país, a empresa atende a 7 5 milhões de unidades consumidoras em 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital paulista.

Os efeitos dos reajustes serão diferentes para cada classe de consumidores. Para os atendidos em alta tensão, como as indústrias, a proposta da agência reguladora é uma redução média de 4,19%.

Porém, para os conectados em baixa tensão, grupo que inclui os residenciais, a conta não deve ter uma redução. O reajuste médio proposto é de 0,06%. Sendo que para a classe residencial, o aumento seria de 0,11%.

Qual foi o cálculo feito?

Os cálculos da agência consideraram algumas medidas que visam atenuar o efeito para os consumidores. O ressarcimento de créditos de PIS/Cofins, garantidos por lei, teve um efeito de -6 68%. Já o do repasse de recursos da Eletrobras para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), também previsto em lei aprovada pelo Congresso Nacional, foi de -0,24%.

Os percentuais apresentados nesta terça-feira compõem o processo de revisão tarifária da distribuidora e ainda podem ser alterados durante a consulta pública. O órgão regulador receberá contribuições entre 30 de março e 15 de maio e também deve realizar uma audiência presencial em 11 de maio, em São Paulo. As novas tarifas devem entrar em vigor em 4 de julho.

Outros parâmetros

Além do reajuste, outros parâmetros para operação são revistos durante o processo de revisão tarifária, que ocorre a cada quatro ou cinco anos.

Entre os itens revisados, está o Fator X. O índice, que será utilizado nos reajustes anuais até a próxima revisão tarifária, tem como objetivo compartilhar com o consumidor os ganhos de produtividade da concessionária por causa do crescimento de unidades consumidoras e aumento do consumo no mercado existente.

A proposta prevê que o componente T, que estabelece uma trajetória de custos operacionais regulatórios a ser aplicado nos próximos reajustes, seria de 2,383%. Já o componente Pd, que estima os ganhos potenciais de produtividade de uma distribuição em relação a média do setor, seria de -0,011%.

O outro integrante do Fator X é o componente Q, fixado anualmente nos processos tarifários. Nesta revisão tarifária, o componente Q é denominado Mecanismo de Incentivo à Qualidade e foi calculado por meio da análise da variação dos indicadores técnicos e comerciais da concessionária entre 2021 e 2022, resultando em -0,84%.

Assim, o valor do Fator X a ser utilizado nos reajustes da Enel SP até a próxima revisão tarifária considerará o componente T de 2,383%, sendo que os componentes Q e Pd devem ser calculados em cada processo de reajuste.

Indicadores de qualidade

A agência também propôs novos limites para indicadores de qualidade do serviço. Para os anos de 2024 a 2027, a agência prevê uma redução anual de 2,55% para o DEC, referente aos intervalos de tempo que cada consumidor, em média, ficou sem energia, e de 3,24% para o FEC, que indica o número de interrupções que cada consumidor, em média, sofreu.

Acompanhe tudo sobre:AneelEnelSão Paulo capital

Mais de Invest

Tchau, Canadá! Com listagem na Nasdaq, Aura Minerals deixa Bolsa de Toronto

Morgan Stanley retira recomendação de investimento em Argentina após derrota para Milei

Ibovespa abre em alta com mercado repercutindo Focus

Bolsa argentina despenca 11% no pré-mercado após derrota de Milei