Ouro: JP Morgan prevê metal a US$ 4 mil já no segundo semestre de 2026 (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Editora do EXAME IN
Publicado em 10 de maio de 2025 às 17h33.
Última atualização em 10 de maio de 2025 às 17h35.
Depois de uma escalada que levou os preços do ouro para seus maiores patamares históricos, muitos investidores estão se perguntando se é hora de investir no metal.
Para o JP Morgan, a resposta é um sonoro sim – por conta principalmente da tendência de rotação de investimentos para fora dos Estados Unidos em meio às políticas comerciais que vêm sendo implementadas por Donald Trump.
Nas contas do banco, se apenas 0,5% dos ativos estrangeiros hoje investidos nos Estados Unidos forem alocados para o ouro, o preço pode ir a US$ 6 mil por onça em 2029. O valor é 80% superior à cotação de fechamento da última sexta-feira.
Isso acontece porque a oferta de ouro não está se expandindo muito, de forma que qualquer impulso mais relevante na demanda pode causar uma grande oscilação nos preços.
“Ainda que hipotético, esse cenário ilustra porque continuamos tão estruturalmente otimistas com o ouro e acreditamos porque os preços tem mais espaço para subir”, escreveram os analistas do banco em relatório.
A demanda por ouro também é alimentada por compras significativas de bancos centrais, especialmente em países emergentes como China, Índia e Turquia, que buscam diversificar suas reservas e reduzir a dependência do dólar americano.
“O período recente nos mercados financeiros tem demonstrado que o interesse e a confiança nos ativos dos Estados Unidos já estão sendo questionados e que os Estados Unidos estão vulneráveis à saída de capitais”, disse a equipe do JP Morgan.
No seu cenário base, o banco americano vê o ouro chegando a US$ 3.765 por onça no quarto trimestre deste ano e a US$ 4 mil no segundo semestre de 2026, uma alta de 20% em relação aos patamares atuais.