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71% dos brasileiros vão gastar mais na Copa: veja o que pretendem consumir

Estudo encomendado pelo Resenha Digital Clube à Data-Makers mostra intenções de gasto, canais preferidos e marcas mais associadas ao torneio mundial em 2026

Brasileiros devem ampliar consumo durante a Copa de 2026, segundo estudo da Data-Makers e do Resenha Digital Clube (Getty Images)

Brasileiros devem ampliar consumo durante a Copa de 2026, segundo estudo da Data-Makers e do Resenha Digital Clube (Getty Images)

Juliana Pio
Juliana Pio

Editora-assistente de Marketing e Projetos Especiais

Publicado em 17 de novembro de 2025 às 05h53.

A Copa do Mundo de 2026 deve ampliar o consumo em diferentes categorias no Brasil. Um estudo encomendado pelo Resenha Digital Clube e conduzido pela Data-Makers mostra que 71% dos brasileiros pretendem consumir mais produtos e serviços durante o torneio.

A pesquisa, chamada “O Brasileiro e a Copa”, ouviu 1.000 fãs de esporte de todas as regiões e classes sociais, por meio de entrevistas online realizadas em outubro de 2025.

Entre os itens de maior intenção de compra, snacks (72%), doces e chocolates (66%), carnes (60%), bebidas não alcoólicas (60%) e alcoólicas (54%) registram as maiores altas previstas. No lazer fora de casa, 76% afirmam que pretendem frequentar mais bares e restaurantes durante os jogos.

O torneio também deve impulsionar serviços digitais. O consumo de internet móvel e ligações tem intenção de crescimento de 64%. Em vestuário, 43% pretendem comprar roupas temáticas e acessórios, e 21%, roupas em geral. O segmento de apostas esportivas aparece com 62% de intenção de aumento.

Preferência por marcas ligadas à Copa

A relação com patrocinadores e marcas associadas ao torneio também aparece como fator relevante: 56% dos entrevistados afirmam preferir marcas vinculadas à Copa, e 37% dizem que passam a “gostar mais de uma marca que patrocina o evento”.

As ações de marketing consideradas mais atrativas são promoções (21%), colecionáveis (18%) e criação de conteúdo (17%). No top of mind, Adidas (12%) e Nike (10%) lideram a lembrança espontânea.

“A Copa do Mundo representa uma janela de oportunidade única para as marcas. Nosso estudo mostra que os consumidores brasileiros não somente prestam mais atenção às marcas patrocinadoras, como de fato alteram seus hábitos de consumo durante o torneio", diz Fabrício Fudissaku, CEO da Data-Makers.

Segundo ele, as marcas que souberem criar conexões autênticas com o momento esportivo, seja por meio de promoções relevantes ou geração de conteúdo de qualidade, terão ganhos expressivos não apenas em vendas imediatas, mas principalmente em brand equity de longo prazo.

Consumo multiplataforma e uso intenso de redes sociais

O acompanhamento dos jogos deve ocorrer de forma simultânea em diferentes telas. 54% dos fãs usarão mais de uma tela e 12% assistirão apenas pelo celular. No consumo de conteúdo sobre a Copa, a TV aberta ainda é dominante, com 85%, mas as plataformas digitais são complementares: Instagram (82%), sites de notícia (77%), YouTube (70%) e TikTok (42%).

Para interações durante as partidas, 49% usarão WhatsApp, seguido por Instagram (12%) e YouTube (10%). As principais atividades são comentar e postar (86%) e trocar mensagens com amigos (71%).

Leandro Gléria, head de operações do Resenha Digital Clube, diz que o período pré-Copa já mobiliza o público. “A Copa começou para o brasileiro e as marcas têm a oportunidade de criar um clima de engajamento que se estende desde já até o início oficial do mundial, quando se espera um grande boom de atenção e conexão.”

Segundo ele, “quem souber jogar esse jogo unindo experiência multiplataforma, interações em tempo real e a amplificação de influenciadores e páginas especializadas estará bem posicionado para transformar paixão em resultados concretos”.

Influenciadores ganham espaço

O estudo também identifica o papel dos criadores de conteúdo. 53% dos fãs consideram comprar produtos indicados por influenciadores, e 45% passam a gostar mais de marcas patrocinadoras desses perfis.

Os influenciadores mais valorizados incluem:

  • ex-atletas e técnicos (31%)
  • jornalistas especializados (19%)
  • nativos das redes (15%)
  • humoristas (14%)

Os formatos preferidos são comentários durante as transmissões (30%), lives pré e pós-jogos (23%) e análises técnicas (14%). Entre as figuras públicas de maior influência aparecem Neymar (31%), Neto (21%) e Tiago Leifert (14%).

A amostra da pesquisa é composta por 44% mulheres, 55% homens e 1% de outros gêneros. Em termos de classe social, 31% são das classes AB, 42% da classe C e 27% das classes DE. A divisão regional contempla Sudeste (45%), Nordeste (20%), Sul (18%), Centro-Oeste (9%) e Norte (8%).

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