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São Paulo e Rio: Apesar da diminuição do ritmo da valorização nas capitais aliviar inquilinos, preços ainda superam a inflação (© Marco Bottigelli/Getty Images)
Repórter de Mercados
Publicado em 13 de junho de 2025 às 07h07.
O mercado de aluguéis residenciais de São Paulo e Rio de Janeiro registrou, em maio de 2025, a menor alta acumulada no preço dos aluguéis desde o início de 2022, conforme dados do índice de aluguel QuintoAndar Imovelweb. Apesar da desaceleração no ritmo de valorização, os preços seguem acima da inflação.
Rio x São Paulo: preço do aluguel comercial no Leblon é mais que o dobro do Itaim BibiEm São Paulo, o preço médio do aluguel teve um aumento acumulado de 8,68% nos últimos 12 meses até maio de 2025. Esse crescimento, embora ainda positivo, é o menor desde abril de 2022, quando a cidade registrava altas na casa dos 9%. O preço médio do metro quadrado na capital paulista atingiu R$ 68,91, um leve aumento de 0,12% em relação a abril de 2025.
No Rio de Janeiro, a valorização foi de 10,13% nos últimos 12 meses até maio de 2025, também representando a menor taxa registrada nos últimos três anos. O preço médio do metro quadrado na capital fluminense foi de R$ 45,50, com uma alta de 0,38% sobre o mês anterior.
Embora os preços ainda superem a inflação, o crescimento mais moderado é um alívio para os inquilinos, especialmente aqueles que enfrentaram fortes aumentos nos últimos dois anos.
A desaceleração, porém, não indica um enfraquecimento da demanda, como explica Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar. Para ele, a diminuição da velocidade de valorização traz mais estabilidade ao mercado, tornando-o menos volátil para locatários e mais seguro para proprietários que ainda veem seus patrimônios valorizados.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), que mede a inflação, registrou uma variação de 4,07% nos últimos 12 meses até maio, abaixo dos aumentos nos aluguéis nas duas capitais.
Outro reflexo do aquecimento do mercado é a taxa de desconto, que segue em níveis baixos. Em São Paulo, a média foi de 2,7% em maio, mesma taxa observada em abril. No Rio, o índice foi de 2,2%. Essa métrica, que calcula a diferença entre o preço anunciado e o valor efetivamente pago nos contratos fechados, é um sinal do equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado.