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Mercado imobiliário: Aço e fio de cobre encareceram obras, mostra novo indicador

O fio de cobre acumulou inflação de 8,64% em 12 meses encerrados em abril e puxou a alta entre os materiais de construção

IPMC: o fio de cobre acumulou inflação de 8,64% em 12 meses e puxou a alta entre os materiais de construção, segundo o Índice de Preços de Materiais de Construção. (AFP/AFP Photo)

IPMC: o fio de cobre acumulou inflação de 8,64% em 12 meses e puxou a alta entre os materiais de construção, segundo o Índice de Preços de Materiais de Construção. (AFP/AFP Photo)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 6 de junho de 2025 às 08h28.

O fio de cobre acumulou inflação de 8,64% em 12 meses e puxou a alta entre os materiais de construção, segundo o Índice de Preços de Materiais de Construção (IPMC), criado pelo Sienge com apoio da CBIC e metodologia da Cica Rev Consultoria.

O aço (2,52%) e o cimento (1,79%) também subiram, enquanto argamassa e tinta tiveram queda de 4,61% e 2,32%, respectivamente.

Juntos, esses cinco insumos podem representar até 55% do custo de materiais de uma obra no Brasil.

O IPMC tem metodologia própria, com agrupamento automatizado de itens por inteligência artificial e margem de confiança de 95%.

A alta do fio de cobre foi a mais intensa, com pressão concentrada entre maio e novembro de 2024.

A valorização cambial foi um dos principais fatores, segundo Gabriela Torres, gerente de inteligência estratégica do Sienge. A maior variação mensal foi em novembro (+3,26%). Em 2025, o item alternou quedas e leves altas, encerrando abril com retração de 1,55%.

O aço, por sua vez, seguiu trajetória de valorização até setembro de 2024. Desde então, os preços recuaram em todas as regiões, com deflação nacional de 1,24% em março e 1,72% em abril de 2025.

Com queda acumulada de 4,51%, a argamassa teve o maior recuo entre os materiais analisados. Apesar de um pico em dezembro (+1,39%), os preços voltaram a cair. O Centro-Oeste teve a maior deflação regional (-7,51%), enquanto o Norte foi exceção, com alta de 3,17%.

O cimento subiu 1,79% no acumulado, com pico de 0,69% em julho de 2024 e nova alta em abril de 2025. Já a tinta teve a maior queda mensal, de 4,21% em abril de 2025. A deflação acumulada foi de 2,32%.

A diversidade de comportamento entre os materiais é reflexo das diferenças entre insumos dolarizados, como o cobre, e os ligados à demanda doméstica, como tinta e argamassa.

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