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Moradia de alto padrão para os 60+: o plano do São Pietro para crescer em 'senior living'

Grupo gaúcho que administra hospitais e clínicas entrou no segmento imobiliário com moradias exclusivas para idosos; expansão prevê unidades de alto padrão em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro

'Senior living' do São Pietro em Porto Alegre: moradia de alto padrão com serviços (Divulgação)

'Senior living' do São Pietro em Porto Alegre: moradia de alto padrão com serviços (Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 10h20.

Última atualização em 13 de outubro de 2025 às 10h28.

De olho no crescimento expressivo da população prateada, que nas próximas duas décadas deve se tornar a maior parcela da pirâmide etária brasileira, o Grupo São Pietro, que administra hospitais e clínicas, lançou um braço imobiliário voltado exclusivamente para o público 60+, o São Pietro Sênior.

Inspirado em referências da Europa e dos Estados Unidos, a empresa lançou, há um ano, seu primeiro empreendimento em Porto Alegre, no bairro Três Figueiras. Duas novas operações foram anunciadas: uma segunda na capital gaúcha e outra no município de Canela.

Os planos de expansão já preveem as primeiras unidades fora do Rio Grande do Sul. Em breve o São Pietro Senior deve anunciar unidades de alto padrão em Camboriú (SC), além de projetos em São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.

Primeira unidade do São Pietro Senior, em Porto Alegre (Divulgação)

Economia prateada

Segundo dados do Estudo Tsunami60+, até 2050 o Brasil deve se tornar o sexto país mais velho do mundo, com 68,1 milhões de idosos. A explicação para esse fenômeno é bastante simples: estamos tendo menos filhos e vivendo mais tempo.

No país, a taxa de natalidade passou de seis filhos por mulher na década de 1960 para 1,7 filho por mulher em 2017; a expectativa de vida, que era de 45,5 anos em 1940, atingiu 76,6 anos em 2019. E tem mais: além de os 60+ serem um público crescente, também se destaca o seu poder aquisitivo. Para se ter ideia, a chamada economia prateada deve gerar uma receita de 16 trilhões de dólares até 2030 só no Brasil.

Essa tendência tem engajado uma ampla gama de setores e serviços voltados para pessoas idosas, incluindo saúde, transporte e, claro, moradia. 

Plano de expansão

O próximo empreendimento do São Pietro Sênior será entregue em março de 2026 em Porto Alegre, no bairro Moinhos de Vento, com 143 suítes. A operação na Serra Gaúcha, em Canela, deverá ser entregue em 2029, junto ao Hub Serra Life, um complexo que conta também com escola, hospital, centro clínico, hotel e spa. Com 171 apartamentos em 14 mil m², o investimento no empreendimento é da ordem de R$ 110 milhões.

Projeto do 'senior living' do São Pietro em Canela, na Serra Gaúcha (Divulgação)

Intercâmbio de moradias

A ambição do São Pietro é se tornar referência em moradias premium para a terceira idade, possibilitando, inclusive um intercâmbio entre os empreendimentos.

"Dentro da nossa estratégia de Grupo, os residentes que estão em Porto Alegre, a partir do momento que a unidade de Canela e outras estiverem prontas, eles poderão também usufruir destas para passar uma temporada ou alguns dias, ou seja, a possibilidade de intercâmbio entre os sênior livings", contextualiza Daniel Giaccheri, sócio-fundador do Grupo. "É algo inédito, seremos a primeira operação no Brasil que proporcionará isso”, finaliza.

Giaccheri diz que a primeira operação do São Pietro Sênior foi bem sucedida, com grande interesse de investidores pelo modelo de sênior living proposto pela operadora, que ser replicado em todo o país.

Projeto em Camboriú ainda não tem data de entrega (Divulgação)

Conceito

Inaugurado em maio de 2024, o primeiro empreendimento do São Pietro Sênior 6 mil m² distribuídos em cinco pavimentos, com 114 suítes privativas de 21 a 61 m².

Além da moradia, os moradores contam com o apoio de uma equipe multidisciplinar, com enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos, psicólogos e especialistas em cuidados paliativos. Há uma sala para urgências e postos de enfermagem em cada andar.

O acompanhamento é feito por prontuário eletrônico, que organiza organiza a rotina de medicamentos e lista a evolução do quadro de saúde dos moradores. Os inquilinos têm pulseiras que disparam sinais em caso de emergências, como quedas, e colares com GPS para atividades fora do edifício.

Cada vez ocorre a entrada de um novo morador, ele é acompanhado pela equipe por 7 dias e passa por uma análise de suas demandas individuais.

“É um projeto disruptivo, com foco na qualidade de vida, na dignidade e na longevidade", afirma Luciano Zuffo, sócio-fundador do Grupo São Pietro. "Em um ano de operação, vemos diariamente o impacto positivo que esse modelo tem gerado tanto para os moradores quanto para suas famílias", completa.

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