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Moura Dubeux (MDNE3) eleva vendas líquidas em 6% no terceiro trimestre

A companhia divulgou os resultados preliminares do período, com um VGV líquido de R$ 1,3 bilhão

Diego Villar, CEO da Moura Dubeux (Leandro Fonseca /Exame)

Diego Villar, CEO da Moura Dubeux (Leandro Fonseca /Exame)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 12h05.

A Moura Dubeux (MDNE3) divulgou os resultados preliminares do terceiro trimestre de 2025, com lançamento de um Valor Geral de Vendas (VGV) líquido de R$ 1,3 bilhão, representando um crescimento de 21,9% em relação ao mesmo período de 2024.

Esse desempenho foi impulsionado pelo lançamento de cinco novos empreendimentos, sendo a maioria deles localizados na Paraíba (46%) e no Ceará (39%).

No entanto, quando comparado ao segundo trimestre de 2025, o VGV apresentou uma queda de 28,1%, e o número de lançamentos foi reduzido de seis para cinco projetos.

A construtora registrou queima de caixa de R$ 77 milhões no trimestre, em contraste com a geração de R$ 23 milhões no terceiro trimestre do ano passado.  "Isso já era esperado dado o agressivo ritmo de crescimento nos últimos trimestres, com crescimento de lançamentos e compra de terrenos", afirmou a equipe do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle de EXAME), que considerou os resultados "robustos".

As vendas contratadas totalizaram R$ 1,1 bilhão, marcando um aumento de 4% em relação ao ano passado, mas uma queda de 12% em relação ao trimestre anterior. Já as vendas líquidas, descontando cancelamentos, somaram R$ 1,065 bilhão, com crescimento de 6% na comparação anual.

A velocidade das vendas teve um leve avanço, atingindo 53,1%, embora abaixo dos 55,6% registrados no trimestre anterior, refletindo uma desaceleração nas atividades de lançamento.

A XP também elogiou a prévia. "A companhia continua a demonstrar forte absorção de projetos de condomínios de alta renda, impulsionado fortes níveis de velocidade de vendas, em meio a um momento de crescimento robusto dos lançamentos", disseram os analistas.

Papéis que ganham relevância

Em 2025, os papéis da Moura Dubeux já acumulam alta de mais de 110%, passando de R$ 13,56 em setembro do ano passado para os atuais R$ 28,50. Não por acaso, o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) iniciou a cobertura da companhia na última quinta-feira, 25, já com recomendação de compra para a ação, num preço-alvo de R$ 40 — e potencial de valorização de cerca de 39%.

A construtora reportou lucro líquido de R$ 120 milhões no segundo trimestre de 2025, um recorde para a empresa e uma alta de 60,6% na comparação anual. No semestre, chegou a R$ 190,7 milhões de lucro líquido.

“Os números do segundo trimestre consolidaram o novo patamar da companhia. Estamos vindo com um crescimento significativo de lucro desde o ano passado, mas até então existia a dúvida se aquilo era um bom resultado isolado ou de fato o novo patamar. Já estamos na metade do ano e mais próximos da meta de R$ 400 milhões de lucro do que dos R$ 300 milhões”, disse Diego Villar, CEO da companhia, à EXAME durante a última temporada de balanços.

Para o BTG, a empresa combina alguns fatores que a levaram ao patamar atual. Entre eles, a liderança no Nordeste e o histórico de 42 anos, sendo a única listada em bolsa totalmente exposta à região. A experiência regional dá à construtora a vantagem competitiva que funciona como barreira para a entrada de novos concorrentes, opinaram os analistas no relatório divulgado na última semana.

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