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HSI adquiriu o antigo prédio da Oi, no Leblon, em 2023 (Oi | Marcos Pinto/Divulgação)
Repórter de Mercados
Publicado em 21 de agosto de 2025 às 06h00.
O retrofit do antigo prédio da Oi, localizado no Leblon, Rio de Janeiro, está em fase avançada. Na fila de locatários, há uma disputa de grandes empresas, desde o setor de tecnologia ao de óleo e gás. “Nos próximos pouco meses devemos ter assinaturas de contratos de locação”, afirma Bruno Greve, sócio e diretor de investimentos da HSI à EXAME.
A gestora de real estate, que adquiriu o imóvel por R$ 205 milhões em 2023, entregará o novo empreendimento corporativo para o bairro com o metro quadrado mais caro do Brasil em julho de 2026. Além do valor pago pelo imóvel, a gestora investiu mais de R$ 400 milhões. O aluguel no novo prédio deverá ser de cerca de R$ 320 por metro quadrado.
Rythme Leblon, assinado pelo estúdio franco-brasileiro Triptyque Architecture (HSI/Divulgação)
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“A demanda está forte, e ela vem de vários setores, estamos conversando com toda a economia do Rio de Janeiro. O bom do novo empreendimento é sua flexibilidade: ele atende do ocupante que quer apenas 200 metros quadrados até aquele que quer 20 mil. Hoje, se alguém quiser o prédio inteiro, estaria disponível”, diz Greve.
A escassez de espaços na região justifica a disputa. Segundo a pesquisa da CBRE, a Zona Sul do Rio de Janeiro - que inclui bairros como Copacabana, Ipanema, Leblon, Humaitá, Jardim Botânico e Gávea - possui um estoque de apenas 170 mil metros quadrados de lajes corporativas, com uma taxa de vacância geral baixa, de 7%.
Em áreas como o Leblon e Ipanema, a vacância é ainda menor, abaixo de 5%, devido à alta demanda e poucos empreendimentos novos.
O processo de aquisição do prédio da antiga sede da Oi pela HSI envolveu vários passos e requerimentos legais, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A transação, no valor de R$ 205 milhões, foi concluída em dezembro de 2023, após negociação iniciada em 2022.
A Anatel teve papel fundamental, pois o prédio ainda abrigava equipamentos de centrais telefônicas da empresa, que precisavam ser removidos antes da assinatura da escritura. Além disso, como o imóvel era considerado um bem reversível ligado à concessão pública da Oi, a Anatel autorizou a venda ao avaliar que o prédio não configurava mais esse tipo de bem.