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Vista do Jockey Club da cidade de São Paulo (Leandro Fonseca/EXAME)
Repórter de Mercados
Publicado em 6 de julho de 2025 às 11h00.
Transplante de árvores de grande porte, reservatórios com capacidade até quatro vezes maior que a exigida e materiais permeáveis. “Nosso olhar está no futuro. Não projetamos para atender às demandas de hoje, mas para resistir aos próximos 20 ou 30 anos”, afirma Daniel Ribeiro, CEO da incorporadora G.D8.
A crescente intensificação de eventos climáticos extremos tem levado o mercado imobiliário a repensar suas abordagens de projeto e construção. Pelo menos 95% das 112 maiores cidades do mundo enfrentarão condições climáticas mais severas nos próximos anos, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, segundo estudo da organização britânica WaterAid.
No contexto de São Paulo, o aumento do volume de precipitações anuais, maior frequência de chuvas extremas e vento mais forte, fatores que podem gerar tempestades intensas, foram citados em pesquisa do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP).
Com isso, a segurança climática deixa de ser uma preocupação adicional para as incorporadoras e construtoras, para se tornar central no desenvolvimento de projetos, como no residencial The Falls Haus, da G.D8, no Jardim Guedala, ao lado do Jockey Club, na zona oeste de São Paulo.
The Falls Haus (G.B8/Divulgação)
O condomínio, composto por seis casas de alto padrão separadas por jardins, adota soluções para mitigar os impactos do aquecimento global. Cada residência tem uma área que varia de 564 metros quadrados a 701 metros quadrados, com valores indo de R$ 10,9 milhões a R$ 12,6 milhões.
Segundo o CEO da incorporadora, dois pilares foram adotados no projeto: a ampliação das áreas verdes e a criação de espaços sombreados por árvores de grande porte.
Cada lote tem uma taxa de ocupação inferior a 50%, permitindo preservar a vegetação nativa e garantir que mais da metade do terreno se mantenha permeável e arborizado. “Em uma visão aérea, é evidente que o espaço permanece quase todo verde e permeável”, afirma Ribeiro.
Além disso, a ventilação cruzada foi projetada para as áreas sociais, o que gera uma sensação térmica mais amena, dispensando o uso excessivo de ar-condicionado. A escolha por materiais permeáveis e a plantação de árvores também tem o objetivo de reduzir as ilhas de calor urbanas e garantir um microclima equilibrado, favorecendo maior umidade, sombra e temperaturas mais amenas.
Com a previsão de chuvas mais intensas, a G.D8 priorizou soluções de drenagem e sistemas de contenção de águas pluviais. O projeto do The Falls Haus inclui reservatórios com capacidade até quatro vezes maior que a exigida pelas normas atuais.
A escolha de materiais com baixo impacto ambiental, a utilização de tecnologia de ponta e a infraestrutura preparada para a instalação de painéis solares são exemplos de como o projeto se alinha a uma agenda sustentável. Além disso, o paisagismo prioriza a restauração da fauna e flora nativas, com o transplante de árvores do próprio terreno para preservar o equilíbrio ecológico.