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Acordo com Mercosul será firmado em 20 de dezembro, diz chefe da UE a Lula

Lula e Úrsula von der Leyen se encontraram em Belém nesta quarta-feira, antes da COP30

Os presidentes Lula e Úrsula Von der Leyen, durante reunião em Belém (Divulgação)

Os presidentes Lula e Úrsula Von der Leyen, durante reunião em Belém (Divulgação)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 5 de novembro de 2025 às 23h09.

Belém - A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, disse ao presidente Lula nesta quarta-feira, 5, que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul será assinado no dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, segundo o chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

"A presidente da Comissão reafirmou sua certeza, sua crença, sua firme esperança de que o acordo seja assinado no final do ano, no dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, quando será realizada a cúpula do Mercosul", disse Vieira, em conversa com jornalistas, ao final do dia de reuniões de Lula com chefes estrangeiros.

Lula recebeu Von der Leyen no parque Zoobotânico e museu Emílio Goeldi, em Belém, no começo da noite desta quarta-feira, 5, na véspera do início da Cúpula de Líderes da COP30, realizada nesta quinta e sexta-feira.

Antes, ao longo do dia, Lula teve reuniões com seis chefes de Estado, do Congo, Finlândia. Comores, Papua-Nova Guiné, Suriname e Honduras. Ele também recebeu o vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Ding Xuexiang.

Entenda o acordo UE-Mercosul

O acordo entre os dois blocos comerciais foi fechado no ano passado, mas ainda precisa ser ratificado pelos países da Europa, onde há resistências, especialmente da França.

O acordo prevê adotar o livre-comércio entre os dois blocos, envolvendo mercadorias como produtos agrícolas, alimentos e aeronáutica. Cada item terá cotas de importação e exportação.

Um estudo feito pelo  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em 2024, aponta que o acordo deve aumentar o PIB brasileiro em média em 0,46% ao ano, o equivalente a US$ 9,3 bilhões anuais, de 2024 a 2040. O ganho se deverá não só ao aumento de exportações, mas também de novas parcerias e acesso dos brasileiros a insumos europeus e novas tecnologias.

Para o agro, o crescimento da produção a ser gerado pelo acordo deverá ser de 2%, ou US$ 11 bilhões anuais. A maior parte deste ganho (75%) se dará em quatro setores: carne de suínos e de aves, pescado e preparos alimentares, óleos vegetais e gado vivo.

"Apenas as carnes de suíno e aves estão entre os [produtos] que iriam se beneficiar com aumento de cotas de exportação. Nos demais, como carne bovina, açúcar e arroz processado, as cotas adicionais não se reverteriam em grande aumento de produção. Isso porque as exportações para a União Europeia não representam uma fração elevada da exportação total ou da produção doméstica", aponta o estudo do Ipea.

O Brasil aumentará suas exportações totais em cerca de 3%. O avanço será gradual, partindo de 0,9% em 2025 até atingir o valor máximo, de 3,4%,  em 2034. Depois, se estabilizaria na faixa de 3% nos anos seguintes, prevê o Ipea.

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