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Jovem paquistanês morre ao impedir ataque contra escola

Adolescente virou herói ao se jogar diante de um suicida que atacava seu colégio, salvando a vida de um grande número de pessoas

Local de explosão de carro-bomba é visto na cidade paquistanesa de Karachi, em 9 de janeiro de 2014 (Asif Hassan/AFP)

Local de explosão de carro-bomba é visto na cidade paquistanesa de Karachi, em 9 de janeiro de 2014 (Asif Hassan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 21h07.

Peshawar - Um adolescente paquistanês que morreu esta semana em um atentado virou herói nacional ao ter sacrificado sua vida ao se jogar diante de um suicida que atacava seu colégio, salvando a vida de um grande número de pessoas - informaram nesta quinta-feira seus familiares.

Aitzaz Hassan, de 15 anos, oriundo da pequena cidade xiita de Ibrahimzai, na província de Jyber Panjtunjwa, noroeste do país, interceptou na última segunda-feira um terrorista que iria atacar seu colégio, frequentado por cerca de 1.000 estudantes, segundo a polícia local.

O jovem conseguiu deter o homem, que detonou o colete de explosivos cerca 150 metros da escola. Alunos e professores do estabelecimento se salvaram, com exceção de Aitzaz.

"Estamos orgulhosos de Aitzaz porque impediu o terrorista e salvou a vida de centenas de estudantes", disse à AFP o pai do jovem, Mujahid Ali Bangash.

"Estou orgulhoso de saber que meu filho sacrificou sua vida por uma causa nobre", acrescentou.

"Meu primo queria ser médico, mas essa não era a vontade de Deus", disse Mudasir, que descreveu Aitzaz como um jovem brilhante.

Tanto a imprensa como personalidades paquistanesas louvaram o gesto do adolescente. "Aitzaz Hassan é um orgulho para o Paquistão. É preciso conferir-lhe pelo menos uma medalha (póstuma)", escreveu em sua conta Twitter a ex-embaixadora do Paquistão em Washington, Sherry Rehman, uma das figuras mais influentes da oposição.

O distrito de Hangu, cenário do ataque, é considerado uma das zonas mais sensíveis da província de Jyber Panjtunjwa pela sua proximidade com zonas tribais, esconderijo preferido de rebeldes, frequentemente atacadas por drones norte-americanos.

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