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Alta de petróleo e alimentos alarma América Central

Inflação mundial é o principal tópico em reunião dos líderes da região; criminalidade também preocupa

Luis Moreno, presidente do BID: temor com a inflação (Brendan Hoffman/Getty Images)

Luis Moreno, presidente do BID: temor com a inflação (Brendan Hoffman/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 17h17.

Tegucigalpa, Honduras - A 25ª Reunião de Governadores do Istmo Centro-Americano e da República Dominicana do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) começou nesta quinta-feira em Honduras com expressões de preocupação pelo impacto da alta do petróleo e dos alimentos nos índices inflacionários da região.

O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, e o titular do BID, Luis Alberto Moreno, que inauguraram a reunião de dois dias, advertiram que a tendência é para um maior encarecimento desses produtos.

No meio das conquistas e novos desafios enfrentados pela região "também não podemos subestimar os crescentes riscos que em matéria inflacionária estão sendo gerados nas economias devido aos recentes e crescentes aumentos nos preços das matérias-primas, alimentos e do petróleo", alertou Lobo.

Moreno, por sua parte, pediu a "contenção das pressões inflacionárias, que começaram a se manifestar no segundo semestre de 2010", pois "o preço do petróleo, assim como o índice de preços de produtos básicos dos alimentos, aumentaram significativamente e espera-se que a tendência de alta seja mantida".

A presidente de Banco Central de Honduras e governadora do BID, María Elena Mondragón, disse a jornalistas que estes aumentos representam "um problema sério" perante o qual é preciso tomar "medidas de alívio".

"É algo que preocupa não só Honduras, mas a todos os países do mundo", ressaltou María Elena, e argumentou que "é difícil dizer o quanto a situação vai impactar" nas economias centro-americanas.

Outro ponto principal da agenda é "a redução da violência e da criminalidade", porque, advertiu, a "América Central conta com uma taxa de homicídios sete pontos acima da média da América Latina".

Fortalecer as finanças públicas, melhorar a saúde e a educação, apoiar a integração e projetos regionais, e diminuir a vulnerabilidade perante os desastres naturais e a mudança climática, são parte da agenda regional proposta pelo BID.

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