Mundo

Argentina impõe a mais severa proibição a viagens na América

O país fez uma das mais duras restrições de viagens no mundo em razão do coronavírus e provocou protestos

Avião: a proibição pressiona a Latam, que tem uma importante operação doméstica na Argentina, e tem buscado ajuda de vários governos (Patrick Foto/Getty Images)

Avião: a proibição pressiona a Latam, que tem uma importante operação doméstica na Argentina, e tem buscado ajuda de vários governos (Patrick Foto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 27 de abril de 2020 às 21h10.

Última atualização em 27 de abril de 2020 às 21h39.

A Argentina proibiu todas as vendas de passagens aéreas comerciais até setembro, numa das mais duras restrições de viagens no mundo em razão do coronavírus, fazendo a indústria alertar que a medida pressionará companhias aéreas e aeroportos.

Enquanto as fronteiras do país estão fechadas desde março, o novo decreto vai além, proibindo até 1º de setembro a compra e venda de voos comerciais a partir, com destino, ou dentro da Argentina. O decreto, assinado pela nesta segunda-feira pela Administração Nacional de Aviação Civil, que afirmou que "foi entendido como razoável" implementar as restrições.

Muitos países da América do Sul, incluindo Equador, Peru e Colômbia, têm proibido todos os voos comerciais por enquanto, mas nenhum estendeu a restrição de forma tão longa quanto a Argentina. Estados Unidos, Brasil e Canadá impuseram restrições, mas não proibições.

"O problema era que as companhias aéreas estavam vendendo passagens sem terem autorização para viajar para solo argentino", disse um porta-voz do presidente Alberto Fernandez.

A proibição pressiona a Latam, que tem uma importante operação doméstica na Argentina, e tem buscado ajuda de vários governos. A maior companhia local, a Aerolineas Argentinas, é estatal e pode sobreviver enquanto o governo estiver disposto a subsidiá-la.

A proibição também afetaria companhias menores e de baixo custo, que cresceram rapidamente na Argentina com o apoio do ex-presidente Mauricio Macri, como a FlyBondi no mercado interno, e SkyAirlines e JETSmart, que voam internacionalmente.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaCoronavírus

Mais de Mundo

Operação de imigração nos EUA detém 475 pessoas em fábrica da Hyundai na Geórgia

Trump assina ordem executiva para renomear Departamento de Defesa como Departamento da Guerra

Múcio diz esperar que fronteira não vire 'trincheira' ao tratar da tensão entre EUA e Venezuela

Governo dos EUA pede a mais de 250 mil venezuelanos que se preparem para deixar o país em novembro