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Cameron apresenta ao G20 plano para incentivar crescimento

O premiê propõe superar a informalidade que ainda existe no G20, argumentando que o grupo de países desenvolvidos e principais emergentes representa 85% do PIB mundial

O primeiro-ministro do Reino Unido propõe formalizar um trio de direção do G20 (Kerim Okten - Pool/Getty Images)

O primeiro-ministro do Reino Unido propõe formalizar um trio de direção do G20 (Kerim Okten - Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2011 às 09h16.

Cannes - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, apresentou nesta sexta-feira em Cannes um plano para a 'direção econômica mundial', que potencialize o G20 e priorize o crescimento.

Em seu relatório, Cameron propõe superar o 'espírito de informalidade' que ainda existe no G20, já que o grupo de países desenvolvidos e principais emergentes representa 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mas por outro lado não é uma instituição formal.

De acordo com Cameron, nenhum outro grupo mundial tem essa conjunção de flexibilidade, peso econômico e diversidade, além de adotar acordos sobre assuntos econômicos.

O primeiro-ministro do Reino Unido propõe formalizar um trio de direção do G20, assim como existe em outras instituições internacionais, integrado pelo país responsável pela Presidência atual do grupo, o anterior e o seguinte.

Cameron também propõe a ideia de um secretariado permanente, que ajude a Presidência rotativa a desenhar uma agenda caracterizada pela continuidade.

O relatório do primeiro-ministro pede um reforço da Organização Mundial do Comércio (OMC), 'como o guarda de todo sistema do comércio mundial', aumentando seus poderes de vigilância para lutar contra o protecionismo, solucionar os mecanismos de disputa comercial, e atualizar suas normas para fomentar a liberalização.

O documento modifica também as funções do Conselho de Estabilidade Financeira, atualmente um mecanismo que assessora o G20 e que passaria a ser uma entidade independente.

Através de um comunicado, David Cameron disse que na economia moderna e global, 'somente podemos vencer a crise se atuarmos de forma coordenada'. 'Nossos cidadãos simplesmente querem uma resposta sobre como vamos superar os obstáculos no crescimento mundial', disse.

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