Mark Carney: novo premiê do Canadá desafia o presidente dos EUA, Donald Trump, após ameaças (Dave Chan/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 3 de junho de 2025 às 16h42.
O governo do Canadá anunciou nesta terça-feira, 3, que modificará seu sistema de asilo para aumentar a inadmissibilidade dos pedidos de refúgio, tornando o processo mais difícil para milhares de pessoas, como parte de um projeto de lei para fortalecer suas fronteiras.
A agência de Imigração e Refugiados do Canadá informou, em comunicado, que está modificando o sistema de imigração para torná-lo "mais resistente e mais responsivo a tensões novas e em desenvolvimento".
Entre as mudanças anunciadas está a introdução de novas regras para aumentar a inadmissibilidade dos pedidos que, de acordo com o governo canadense, protegerão "o sistema de asilo contra aumentos repentinos" de pedidos.
Essas mudanças estão incluídas em um projeto de lei apresentado pelo ministro da Segurança Pública do Canadá, Gary Anandasangaree, para fortalecer a fronteira com os Estados Unidos.
Anandasangaree analisou que o projeto de lei "manterá os canadenses seguros, garantindo que as autoridades policiais tenham as ferramentas certas" para manter as fronteiras seguras, combater organizações criminosas, interromper o fluxo de fentanil e atacar a lavagem de dinheiro.
As medidas propostas afetarão milhares de pessoas que buscam refúgio no Canadá todos os anos, muitas delas provenientes de países latino-americanos.
Nos primeiros quatro meses do ano, 39.435 pessoas solicitaram refúgio no Canadá, 5,4% a mais do que no mesmo período de 2024, das quais 4.271 pessoas são de países latino-americanos, de acordo com dados do governo canadense.
A Índia é o país com o maior número de solicitações, 3.100, seguida pelo México, com 2.245. Entre os países latino-americanos, a Colômbia é o segundo país com o maior número de solicitações, 968. Depois da Colômbia, vêm Venezuela (318), Peru (190), Chile (168), Cuba (87), Nicarágua (73), Equador (55), Honduras (43), Guatemala (39), El Salvador (37), República Dominicana (28) e Argentina (20).