Um viajante passa pelo painel de partidas no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Arlington, Virgínia, em 7 de novembro de 2025 (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)
Redação Exame
Publicado em 8 de novembro de 2025 às 11h22.
Durante o primeiro dia de redução de 4% nas operações em 40 aeroportos dos Estados Unidos, mais de 1.700 voos foram cancelados no país. A medida, relacionada à paralisação do governo federal, também afetou 32 torres de controle com falta de pessoal.
A expectativa é de agravamento ao longo do fim de semana caso o Senado não aprove medidas para encerrar o impasse.
O shutdown do governo dos Estados Unidos atingiu a marca de 38 dias neste sábado, 5, se tornando o mais longo da história do país.
Segundo a Cirium, base de dados do setor aéreo, 1.723 voos foram cancelados nesta sexta-feira, 7, o que equivale a 2,1% dos 57.672 programados nos aeroportos afetados.
As companhias aéreas mais impactadas foram a United, com 549 voos cancelados; a Delta, com cerca de 513; e a American Airlines, com 429 — a maioria das rotas interrompidas era doméstica.
Além delas, outras oito empresas reportaram cancelamentos. Atrasos médios de quatro a cinco horas foram registrados durante a noite em todo o território nacional, de acordo com autoridades do setor.
Os aeroportos de Phoenix, Atlanta, Chicago, Nova York, São Francisco e Washington concentraram a maior parte das interrupções, segundo o portal FlightAware, especializado em monitoramento de voos.
O Departamento de Transporte dos EUA informou que a escassez de pessoal atinge torres de controle em mais de dez grandes cidades. Em oito delas, os controladores precisaram suspender temporariamente partidas para priorizar os pousos, operando acima da capacidade.
A situação se agravou nesta sexta-feira, 37º dia da paralisação do governo federal, a mais longa da história americana. A crise pode piorar neste sábado, quando já foram cancelados cerca de 800 voos, e há expectativa de que outros 1.000 sejam adiados.
O Senado dos EUA está convocado para sessão neste sábado, 8, mas republicanos indicaram que não apoiarão as propostas dos democratas para encerrar a paralisação. Diante da falta de acordo, a votação corre risco de fracasso.
Com Agência EFE