Mundo

Casal Mujica tem passado de luta armada contra ditadura

Presidente José Pepe Mujica propôs a fazer uma revisão nos processos judiciais referentes às violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura uruguaia

Mujica e sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, costumam vir com frequência ao Brasil. Uma das visitas foi na posse de Dilma Rousseff (Roberto Stuckert Filho/Presidência)

Mujica e sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, costumam vir com frequência ao Brasil. Uma das visitas foi na posse de Dilma Rousseff (Roberto Stuckert Filho/Presidência)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 09h09.

Brasília – Antes da eleição em 2009, o presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, de 77 anos, já era uma espécie de referência para os líderes políticos da América Latina. Segundo estudiosos, ele representa a personalização de uma liderança revolucionária e de fé na democracia. O estilo Mujica inclui a manutenção de um modo simples de viver, em uma estância, e o companheirismo da mulher, a senadora Lucía Topolansky, que recebeu o maior número de votos no país.

Mujica e a mulher costumam vir com frequência ao Brasil. Uma dessas visitas ocorreu na posse da presidenta Dilma Rousseff, em janeiro. O casal uruguaio tem um passado de luta contra a ditadura militar. Ex-guerrilheiro do Movimento de Libertação Nacional Tupamaro, que lutou com armas contra o regime, Mujica tem na biografia 14 anos de prisão por ter participado de sequestros e assaltos em defesa da democracia.

Durante a campanha, Mujica se propôs a fazer uma espécie de revisão nos processos judiciais referentes às violações dos direitos humanos ocorridas durante a ditadura uruguaia – de 1973 a 1985. A iniciativa foi adiante, mas agora o governo esbarra em restrições e ações na Justiça para impedir os avanços.

Na política externa, Mujica defende o fortalecimento dos blocos como o Mercosul, a União de Nações Sul Americanas (Unasul) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Assim como o governo brasileiro, Mujica condenou a deposição do então presidente de Honduras, Manuel Zelaya (em junho de 2009), e apoiou a suspensão do país da Organização dos Estados Americanos (OEA) – tema de reunião no próximo dia 1º, em Washington.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaAmérica LatinaDemocraciaDitaduraUruguaiJosé Mujica

Mais de Mundo

Governo Trump diz que revisará 55 milhões de vistos nos EUA em busca de problemas

Ataque contra helicóptero da Polícia da Colômbia deixa ao menos um morto e dois feridos

Furacão Erin provoca inundações no litoral dos EUA

EUA e Europa buscam opções para encerrar a guerra na Ucrânia