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Cazaquistão quer mediar negociação com Coreia do Norte

O presidente cazaque defendeu que as potências nucleares ofereçam "garantias de segurança" à Coreia do Norte

Coreia do Norte: "O Cazaquistão está pronto para participar em uma mediação oferecendo nossa plataforma" (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Coreia do Norte: "O Cazaquistão está pronto para participar em uma mediação oferecendo nossa plataforma" (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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EFE

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 15h42.

Nações Unidas - O presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev, ofereceu nesta quinta-feira seu país como mediador na crise norte-coreana e sugeriu que as potências atômicas deem a Pyongyang garantias de segurança como primeiro passo para uma negociação.

"O Cazaquistão está pronto para participar em uma mediação oferecendo nossa plataforma para negociações", disse Nazarbayev aos membros do Conselho de Segurança da ONU.

Como passo inicial para "estabelecer uma atmosfera de confiança", o presidente cazaque defendeu que as potências nucleares ofereçam "garantias de segurança" à Coreia do Norte, com o objetivo de que o regime de Kim Jong-un aceite sentar-se à mesa de negociações.

Nazarbayev deixou claro que a solução à questão norte-coreana passa principalmente por Estados Unidos, Rússia e China, países aos quais pediu que se comprometam "construtivamente" para tentar chegar a um acordo.

Nesse sentido, apontou o pacto nuclear alcançado com o Irã em 2015 como um "exemplo" de que os assuntos mais complicados podem ser resolvidos por meio de negociações.

O governante cazaque, que nesta terça-feira esteve em Washington, assegurou que discutiu a situação com o presidente americano, Donald Trump, e disse que ambos estão de acordo em que a crise pode ser solucionada.

O Cazaquistão, que renunciou voluntariamente ao arsenal nuclear herdado da União Soviética, o quarto maior do mundo, transformou a não-proliferação em uma das prioridades do seu mandato como membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU.

A questão centrou hoje um debate especial neste órgão, em que Nazarbayev insistiu na necessidade de dar um novo impulso às políticas de desarmamento.

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