Mundo

Chanceler espanhol critica encontro de ex-premier com Castro

Rodríguez Zapatero, que foi chefe de Governo da Espanha entre 2004 e 2011, faz uma viagem de caráter privado a Cuba

Margallo sobre visita de Zapatero à Cuba: "supõe uma extraordinária deslealdade na gestão da política externa" (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

Margallo sobre visita de Zapatero à Cuba: "supõe uma extraordinária deslealdade na gestão da política externa" (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 14h12.

Madri - O ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, chamou de "extraordinária deslealdade" a visita realizada nesta quarta-feira a Havana pelo ex-primeiro-ministro espanhol socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que se encontrou com o presidente cubano, Raúl Castro.

"Supõe uma extraordinária deslealdade na gestão da política externa", afirmou o chefe da diplomacia espanhola, que viajou à ilha em novembro, mas, apesar de seu desejo, não foi recebido pelo líder cubano.

Rodríguez Zapatero, que foi chefe de Governo da Espanha entre 2004 e 2011, faz uma viagem de caráter privado a Cuba, ao lado de Miguel Ángel Moratinos, que foi chanceler de seu governo.

Os socialistas afirmam que a visita foi informada ao governo do conservador de Mariano Rajoy antes que tivessem conhecimento dos detalhes da agenda.

"A visita não é apenas um exemplo de deslealdade, é um exemplo de inoportunidade", destacou García-Margallo em referência às negociações que a União Europeia mantém atualmente com Cuba para normalizar as relações e acabar a denominada "posição comum europeia" que desde 1996 condiciona qualquer cooperação com a ilha a avanços em termos de direitos humanos.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaAmérica LatinaEuropaPiigsEspanhaCubaMinistério das Relações ExterioresItamaraty

Mais de Mundo

Talibã pede para participar da COP30 em meio às secas no Afeganistão

Haddad lidera agenda estratégica para financiamento antes da COP30

Trump provoca tensões globais ao ordenar retomada dos testes nucleares

'Temos vagas': por que há tantos cartazes nas ruas de Buenos Aires?