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Chile: um dos 33 mineiros do Atacama está doente dos pulmões

"Nos exames que me fizeram na Associação Chilena de Segurança saiu que tenho silicose", declarou o mineiro, de 51 anos

Antes de ficar preso a 700 metros de profundidade, Barrios já era mineiro há 30 anos (Divulgação/Governo do Chile)

Antes de ficar preso a 700 metros de profundidade, Barrios já era mineiro há 30 anos (Divulgação/Governo do Chile)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2011 às 17h00.

Santiago - Um dos 33 mineiros do Atacama, Yonni Barrios, famoso por ser o enfermeiro de seus companheiros de clausura, sofre de silicose, uma doença que ataca os pulmões e é típica do trabalho mineiro, afirmou em uma entrevista à imprensa.

"Nos exames que me fizeram na Associação Chilena de Segurança saiu que tenho silicose", declarou o mineiro, de 51 anos, ao jornal Las Ultimas Noticias.

"Nesta idade que tenho, é o momento em que a silicose é detectada. Como é uma doença progressiva, com sorte chegamos à aposentadoria e já se morre", completou.

Antes de ficar preso a 700 metros de profundidade na mina San José no norte do Chile, Barrios já trabalhava havia 30 anos como mineiro.

Durante a clausura, que durou 69 dias - de 5 de agosto a 13 de outubro de 2010 - foi o enfermeiro de seus companheiros, colaborando à distância com as autoridades de saúde em fazer fichas médicas e aplicar injeções, entre outros procedimentos.

Também ficou famoso porque, na superfície, duas mulheres brigaram por seu amor, em um triângulo que foi amplamente coberto pela imprensa.

A silicose é uma doença grave dos pulmões, de caráter irreversível. Ocorre com a inalação prolongada de sílica cristalina presente nas minas.

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